sábado, 2 de junho de 2012

E de repente as coisas mudam de lugar...



Fiquei alguns dias sem escrever. Nem no blog, nem na agenda, nem no Word... Quis calar. Silenciar para refletir. Recebi alguns e-mails, de pessoas que eu nem esperava, pedindo para voltar, dizendo gostar de ler o que escrevo aqui, ainda que seja apenas contando como foi meu dia. Confesso que hoje não é o melhor dia para voltar. Só vim aqui por que tem palavras presas, gritando para sair. Já falei várias vezes o quão importante é para mim, escrever. É vital. Um caso de amor com as letras e uma imensa vontade de ser eu. De expressar o que sinto. É minha psicanálise gratuita. Ficar sem vir aqui é um exercício de desprendimento. Preciso desse tempo sem internet para estudar, para continuar planejando meu futuro que está tão pertinho. Preciso ler mais. Ficar mais perto das pessoas que eu gosto.

Junho chegou. Meio do ano. Segundo semestre de 2012. Cara, não sei se é por estar mais perto do meu aniversário, mas já estou naquela fase de reflexão. Passaram-se seis meses e o que eu fiz? Demorei ontem para dormir pensando nisso e também naquilo que quero. Como se estivesse perto do fim do ano e com um outro para começar. Acho que é isso mesmo. Em Agosto completo mais um ano de vida e é aí que para mim, começa o ano novo. O meu ano novo.

Nesses seis meses, pedi demissão de um emprego e comecei em outro. Conheci gente nova. Mudei a minha rota. Me decepcionei feio com alguém que por algum momento cheguei a pensar que fosse ‘o cara’. E por esse acontecimento, decidi ficar longe do Face. Quanto mais conheço o ser humano, mais eu fico perplexa. Como alguém pode mentir tanto? Criar um perfil falso, se aproximar de outra pessoa, com outra identidade? Não mereço passar por isso. Por isso me afastei desse mundo virtual. Nesses meses, vivi coisas boas também. Momentos de diversão, de prazer, de descobertas... Fui filtrando minhas amizades. Me vi sozinha por uns momentos. Cuidei de casa. E de repente, me vi desesperada pelo rumo das coisas. Querendo voltar a ser apenas filha. Mas descobri que não posso voltar atrás. Destino? Não sei. Só sei que há coisas que não mudam. A gente se adapta a tal situação. E é assim que vão ser meus próximos seis meses. Sei, não posso prever o que vai acontecer. Estou falando apenas como vou agir. Dentro das minhas limitações, tentar desatar as mãos um pouco e cuidar de mim também. Quero fazer algum curso, correr atrás de outro emprego. Quero acordar com vontade de trabalhar! E que não seja apenas uma obrigação, por que preciso de dinheiro. Quero ter os olhos brilhando novamente.

Sinto como se um ciclo estivesse sendo encerrado. E que estou próxima para iniciar um outro, que só depende de mim para ser bom. Quero estar perto de quem eu gosto e de quem gosta de mim também. Sem ser peso na vida dos outros. Não preciso e nem mereço ouvir que sou um fardo que alguém carrega. Quero olhos nos olhos. Quero verdade. Quero sorrisos. Conversas sinceras. Quero vontade de estar perto. Quero reciprocidade. Quero ser leve como antes. E estou com boas expectativas, mesmo o mundo tentando me mostrar o contrário.

Pois é, assim como a Maria de Milton Nascimento, eu tenho essa estranha mania de ter fé na vida.

Qualquer dia, volto por aqui.

Junho, seja bem vindo!
E faz um favor? Traga-me de volta os sorrisos que Maio me levou e deixe comigo os que me querem bem. De verdade.

Gabi