Aquele sentimento que todo mundo sempre fala - muitas vezes em vão - para dizer que sentiu e/ou sente falta de algo e/ou alguém? Então, é sobre ela que eu quero falar. Mas não é apenas sobre ela.
É sobre mim.
E é também sobre você.
Faz sete meses que eu não lhe vejo. São oito meses que eu não lhe sinto. O tempo passa rápido... Mas para mim passou de forma lenta. A cada dia que fiquei longe de você, as horas arrastavam-se e eu, ansiosa como sempre, me vi sem o controle da situação. Os e-mails já não surtiam efeitos, as ligações não eram bem recebidas, de repente me vi sem nenhum contato seu. Desesperador para quem estava há dois anos (mal) acostumada com você ali, em todas as redes sociais, sempre ao meu alcance.
Pois bem, nem é para falar do passado que resolvi escrever para você... Eu soube tirar proveito da sua falta. Eu aprendi com os dias, com o gelo, com o afastamento. Eu mudei. Mas eu sou desajeitada, lembra? Quando tudo está indo direitinho, eu acabo enfiando os pés pelas mãos e me enrolo toda. E cobro o que não é da minha conta. E pareço uma matraca desenfreada tagarelando sem parar com meus e-mails intermináveis.
É, mas eu não quero estragar tudo. Não agora. Eu não vou dar um chilique por um spam. Não mesmo! As coisas estão tranquilas entre nós. Aos poucos estamos conseguindo encontrar um novo caminho para nós. Sem separação total. E eu estou tão bem assim! Em ver você vir falar sem eu precisar chamar atenção... Sei lá, a impressão que tenho é que o momento agora é outro. Sem aqueles ciúmes loucos. Sem aquela paixão exagerada. Parece que agora estamos vivendo o que restou do que vivemos um dia. E restou o que foi bom. Restou bom humor. Restou o interesse. Restou o sentimento. E eu só lhe peço para que não perca a paciência comigo. Eu estou aprendendo a ser menos. Eu juro! Mas aí chega um dia em que eu perco o jeito e faço tudo errado, né? E aí você me coloca em meu devido lugar...
E sobre a saudade que falei ali em cima? É com ela que justifico meu exagero repentino. É ela que me faz insistir em lhe rever... Mas não se assusta, tá? Eu espero. Eu espero o SEU tempo.
E deixa de ser bobo, que não vou mais "desajeitar", não quero repetir os erros do passado, não vou brigar por bobagem. Eu vou voltar a ficar quietinha na minha. Pois eu sei que a qualquer momento, meu celular vai fazer um barulhinho e eu vou ver que chegou um e-mail me pedindo para entrar no Skype, ou um "pintou o cabelo?" vai surgir no WhatsApp, ou qualquer outra frase que inicie uma boa conversa que será estendida por algumas horas. E assim, eu vou matando essa saudade que perdura os sete meses sem ver e os oito meses sem tocar.
Eu