O teu silêncio que procura distâncias.
E te apóias de leve – no chão como se ar te faltasse.
Que distâncias percorrestes? E o teu suar, superfície rosa. Quem te ensinou?
Tuas mãos e os saltimbancos. Quanto tempo em conúbio.
Como eles vivestes. Alada.
O chão teclado e o teu esqueleto. Tua álgebra feita de pés e mãos.
E o segredo de formas nunca vistas que revelas.
Crias e num instante aniquilas tua criação.
Porque não voas, irmã?
(Tomás Seixas)

