Quarta-feira de cinzas.
E lá se foi mais um carnaval.
Nunca fui foliã.
Mas sinto uma alegria tão grande nessa época (não apenas nessa época, mas como o post é sobre isso...).
Carnaval me remete à infância.
As brincadeiras com água, confete e serpentina.
Tudo era tão bom!
Depois que cresci, passei a curtir o carnaval de fato.
Como gente grande.
Não sou de aproveitar esse tempo para sair por aí ficando com todos os caras que aparecem no caminho.
Vejo que para muitos jovens, o carnaval é sinônimo de pegação e loucura.
Não bebo bebidas alcoólicas, muito menos utilizo de alguma droga ilícita para ficar feliz.
Meu carnaval é assim:
Saio com minha família, encontro amigos, me fantasio, uso vários acessórios carnavalescos e prestigio aos bons shows que o Governo oferece nas praças públicas.
E o que me encanta nessa época e ver como a cidade fica linda, colorida e o despudor das pessoas em sair de casa fantasiadas para celebrar a vida.
Não tenho vontade de conhecer e nem de participar do carnaval de outros estados.
Gosto do meu.
Pernambucano.
Onde a cultura é exaltada em cada polo.
Em cada palco.
Em cada show.
Nas apresentações dos Maracatus.
Sejam eles de Baque Solto, Baque Virado ou Rural.
Apesar de ver o quão pouco eles são valorizados pelo próprio Governo do Estado. Percebi a precariedade do meio de transporte usado pelos integrantes e também não vou esquecer a faixa de protesto dos meninos do balé municipal do frevo de Recife, onde eles reclamavam da falta de pagamento relacionados aos carnavais passados.
É, são problemas administrativos que sujam a imagem cuja a Prefeitura de Recife e o Governo do Estado tentam mostrar aos foliões e à imprensa.
Retirando essa parte 'política', posso afirmar que em 2012 o meu carnaval foi perfeito.
Pois mais uma vez eu estava perto da minha família e dos meus amigos.
Nem a chuva foi capaz de destruir tamanha animação.
Fui à abertura oficial, na Sexta-Feira.
Conferi a irreverência e o deboche da turma do Quanta Ladeira, no Domingo.
E por fim, fui à Praça do Arsenal ver o show de Nena Queiroga com participação especial da cantora Luiza Possi.
Encerrei a noite e amanheci o dia na apoteose, feita com o famoso Orquestrão no Marco Zero.
É um dos momentos mais emocionantes do nosso carnaval.
Onde os antigos maestros são reverenciados e todos os artistas que participaram desse último dia, sobem ao palco cantando nossa cultura popular.
Arrepia.
E viva o carnaval vivido de forma leve e saudável!
O meu carnaval.
Gabi
