"(...) Se o teu corpo ainda guarda o meu prazer.
E o meu corpo está moldado com o teu..."
O que ainda não foi.
O que ainda está.
Aquilo que continua.
Que insiste e persiste.
Sem expectativas.
O que é gostoso, continua.
E ainda fica.
E ainda não foi.
Bom? Ruim?
Pra mim? Ou pra você?
Não sei...
Apenas deixo fluir.
Deixo acontecer.
O desejo ainda existe.
O que ainda é latente.
Até quando?
Não era o fim?
Fim.
Determina o que acabou.
O que não vai mais continuar.
Mas vira e mexe, estamos lá.
Tudo de novo.
Os olhares.
A boca apertada.
O que ainda provoca o corpo.
Que arrepia a pele.
E está bom assim.
Eu vivo.
Eu apenas vivo.
O hoje.
Amanhã?
Amanhã é futuro.
E dele, não conheço nem o cheiro.
O único cheiro que reconheço agora é o seu.
Por que ainda está impregnado em minha carne.
E esse, eu ainda não esqueci.
Gabriele Lima