sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pensei que você viria...



Quatro meses sem ver, sem tocar, sem sentir o cheiro, sem conversar e sem olhar nos olhos. Ao resultado disso, dá-se o nome de saudade. É que quando sentimos a falta de alguém, o que mais queremos é um dia encontrar e abraçar e falar e saber como está, para tentar resgatar um pouco daquilo que ficou lá atrás. Sem forçar a barra, é querer estar junto de vez em quando... É falar da vida, é sorrir um pouco, é fazer com que o pouco tempo em que se está juntos seja divertido e gostoso, é entregar aquele presente que deu o maior trabalho para comprar (por ser difícil de achar), é fazer um carinho, é comemorar algo que você conseguiu ou que ele conquistou. Planos tão simples que foram marcados e desmarcados e remarcados e agora não tem mais dia para acontecer. E assim acaba o ano, sem despedidas. Joguei a toalha. Ok, você venceu. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Manhã...


Hoje cheguei cedo ao trabalho e corri quando na entrada do prédio, vi que o elevador estava para fechar. Consegui entrar! Dentro, estavam um senhor e uma moça gestante. O senhor fez uma bonita oração para o bebê que a moça carregava em seu ventre. O senhor deu três medalhinhas de Nossa Senhora da Conceição para ela, o marido e o filho. A moça desceu no terceiro andar. Eu que apertei o número 6, continuei no elevador, acompanhada pelo tal senhor, que me olhou e também me ofereceu uma medalhinha de Nossa Senhora. Aceitei e agradeci. Sexto andar. O elevador se abriu e antes que eu pudesse sair, ele segurou a porta e me deu três sementes de Bonina. Disse que eu plantasse, que a planta cresce lindamente. Mais uma vez, agradeci. Confesso que desci impressionada com tamanha delicadeza. Com tamanha sensibilidade. Com o bom humor matinal daquele senhor, logo tão cedo. Infelizmente, acostumei-me com aqueles ranzinzas que nem respondem ao meu bom dia. Por isso, fiquei tão grata à gentileza em um pequeno gesto de bondade e simpatia desse senhorzinho. É bom lembrar que ainda existem pessoas assim. Minha manhã começou tão bonita! E olha como tudo acontece: há quase um mês, pensei em comprar um vazo e plantar. Seria uma forma de exercitar a minha paciência, pois o plantio requer um cuidado e é um processo demorado. E hoje acontece isso. Agora já tenho as minhas sementes. Vou providenciar um vazinho e começar o meu pequeno jardim. São pessoas assim que me fazem acreditar ainda no ser humano. São pessoas assim que fazem valer o bom dia que pronuncio diariamente, mesmo que não me respondam. A moça gestante que repetiu a oração do velhinho, carrega em seu ventre um menino que se chamará Miguel. Miguel é nome de anjo. E eu, que sempre acreditei em anjos (parafraseando Lispector), posso dizer que justamente por eu acreditar, eles existem. E estão perto de nós o tempo todo. E revelam-se em pequenos detalhes do dia a dia.

Gabi


#50Tons


domingo, 18 de novembro de 2012

Foi bom...


Sabe quando você não planeja e as coisas simplesmente acontecem? 
Então, foi assim meu fim-de-semana-mais-que-perfeito:
Saídas, encontros, conversas, dúvidas, certezas, visita, praia, pizza, reencontro, cinema, bolsa, ingressos, abraços, sorrisos, olhares, beijos e saudades. 


Gabi

sábado, 17 de novembro de 2012

Sem me precipitar e nem perder a hora...


São 01h12 da matina e eu estou aqui acordada. Decidi escrever. Ainda não tive ideia do que escrever para um blog que não é o meu. É como escrever por encomenda e não por intuição. Foi assim que imaginei. Mas Hudson me deixou tão tranquila e o convite surgiu quando eu mais estava necessitada. Queria algo que me desafiasse. Que me fizesse voltar a escrever com vontade, como há algum tempo não acontece. Passei um tempo meio avessa ao hábito. Logo eu, que sempre gostei de escrever qualquer coisa e em qualquer lugar. Me peguei parada, sem ideias e sem inspiração. Dei um tempo aqui, ainda escrevi umas linhas no 'blog secreto', mas sem ideias para o novo blog. Falar com meu-ainda-e-sempre-amigo, clareou um pouco a mente e começar falando algo sobre essa época natalina foi uma boa ideia. Não, eu ainda não comecei a primeira linha. Mas semana que vem eu dou início. Quem sabe assim, surgem outros temas? Esses dias sem trabalho foram bem proveitosos. Ver o mar... Estar na praia, naquele ambiente em que só existem eu, a natureza e Deus, foi perfeito para me fazer refletir um pouco. Voltei renovada. Bateria recarregada. Dia 03 de Dezembro começo a academia funcional, fim de Novembro é tempo de repaginar o visual e sinto a alma mais leve. Bem mais leve. Com menos cobranças, menos comparações e um pouco mais confiante. As perspectivas são boas e eu só quero seguir minha vidinha sem precipitações, sem cobranças, sem rancor. Que a vontade de escrever, se instaure novamente em meu ser...

Gabi

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

'Tô pensando em você, mas te quero livre também...'



. . . O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, com os afastamentos que acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca, viu?
C.F.A

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Na vida só resta seguir...



'Deita no meu peito e me devora.' 

Sabe...


'Sabe quando o tempo passa rápido, quando você está ao lado dessa pessoa? Quando dá vontade de ficar nos braços dela e nunca mais sair? Sei... Eu sei.' (Sei - Nando Reis)



E sonhos não envelhecem...


A maior lembrança que tenho da minha infância em relação à leitura, é das compras dos gibis da Turma da Mônica. Lembro de ir à banca de revistas e lá mesmo terminar a leitura. Lembro de mainha reclamando por que não tinha graça comprar gibi para mim, pois eu terminava de ler em questão de minutos. E lembro também de sonhar em ter a assinatura das tais revistinhas. Mas não podia. Devia ser caro na época. Não sei ao certo... Só sei que em Outubro, lembrei desse tempo e fiz a assinatura de um ano dos gibis da Panini. E ontem as revistas chegaram! O coração acelerou. Os olhos brilharam. Bobagem? Pode até ser para quem estiver lendo esse post, mas para mim foi uma sensação única. Nunca é tarde para realizar um sonho. Seja ele qual for. E eu tenho vários, uns maiores, outros mais bobinhos... Mas sonhos. E esses, nunca envelhecem.

Gabi

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Segredo

Hoje foram divulgadas as cinco músicas que compõem o EP de Sandy. Estou completamente encantada com a poesia das letras, as melodias, o piano e a voz dela. Caramba, por mais que eu saiba do seu talento, ela ainda consegue me surpreender. A maturidade do som feito hoje por Sandy é impressionante. Faz tempo que Sandy cresceu e mostrou a que veio. Não precisa mais provar seu talento. Deixo aqui a letra da música com a qual eu mais me identifiquei. Estou perplexa pela profundidade dos sentimentos expostos nessa canção chamada Segredo. Se eu soubesse escrever tão bem quanto ela, escreveria exatamente assim...


Hoje eu acordei com vontade de te ver
Já faz tanto tempo que até assusta
Assusta não saber nada de você
E não ter com quem falar de mim

Eu mudei o meu cabelo
E tatuei 
Troquei de carro e de amor
Tenho alguns bons amigos
E ainda me sinto tão só

Conta os segredos
Como aqueles que nós vivemos juntos
Esquece o enredo
Diz que ainda tem lugar pra nós

Hoje eu acordei com vontade de te ver
Já faz tanto tempo e eu ainda me lembro
Me lembro do teu corpo e cada canto teu
Há mais do que eu sei tão vivo em mim

Me mudei
Troquei de emprego
Conheci outros lugares e dores
Já não sou mais tão menina
e ainda me sinto tão só

Sandy Leah

sábado, 27 de outubro de 2012

Aquela dos 30


E eu já tenho quase 30, acabou a brincadeira e aumentou em mim a pressa de ser tudo o que eu queria e ter mais tempo pra me exercer... ♫


Foi divulgada a música de trabalho de Sandy, que lançará um EP (um tipo de álbum que contém menos músicas do que um CD) em formato digital pela iTunes Store e em formato físico que será comercializado em seu site oficial. O EP, intitulado de "Princípios, Meios e Fins" terá cinco faixas e a música de divulgação chama-se "Aquela dos 30". A cantora, que está prestes a completar trinta anos de idade (em 28 de Janeiro/2013), fez uma letra em que questiona essas três décadas. O som é mais pop, diferente da levada das faixas do primeiro CD solo (Manuscrito), que é bem mais introspectivo e até um pouco melancólico. Eu, particularmente, gostei. Me vi em várias frases da música. Mais uma vez, Sandy acerta em sua escolha. 

Ainda tenho 27 anos, mas estou bem perto de me tornar uma boa balzaquiana. Isso não me angustia, ainda. Porém, faço alguns questionamentos e já tenho algumas reflexões do que já vivi. "Sou jovem pra ser velha e velha pra ser jovem" é uma dos sentimentos que nos acometem nessa fase, há também a sensação de ser incompleto. De determinar que com tal idade estaremos satisfeitos e realizados. É quando vem a certeza de que somos obras inacabadas. Seres humanos em processo de construção. Que não existe uma idade ideal para determinado feito. E viver é isso, não é mesmo? E que bom que seja assim...

Estou ansiosa para o lançamento do EP e curiosa para ouvir as demais músicas que compõem esse projeto. Dia 30 de Outubro é o lançamento oficial. Que chegue!



Gabi

domingo, 21 de outubro de 2012

Protegei-me



"Não há nada OCULTO que não possa ser um dia revelado". Lembro de uma vez ter ouvido essa frase. Carla quem me falou enquanto contava uma descoberta de um ex-namorado. Encasquetei com essa frase e meu pé atrás em relação a Pedro estava completamente certa. Eu não sabia o que era, mas sabia que devia manter os dois pés atrás. Afinal, não seria a primeira vez. Foi bom me manter assim, pelo menos agora não sofri como na primeira vez. A impressão que tenho é que nesse final de semana que passou, todos decidiram fazer algo para me maltratar. Aí fico pensando, será que as pessoas tem noção do peso das palavras antes de pronunciá-las? Eu acho que não. E digo isso por mim, que quando estou com raiva, falo ou escrevo até o que não devo. Acho que é o calor do momento. A gente vai falando, falando, fazendo... Quando vê já foi e depois fica difícil voltar atrás. Palavras são como pedras. Tem peso. E quando jogadas com força, machucam. E não é só sobre palavras que eu falo. Nesse caso do oculto que me foi revelado, foi uma questão de atitude. Ao contrário da música de Cazuza, mentiras sinceras não me interessam. Não mesmo. Então é isso. Um dia por vez. E grata a Deus por me fazer pular um grande problema que eu poderia ter lá na frente. Acho que é aquele trecho da oração fazendo efeito: "Mas livrai-me de todo o mal. Amém."

O coração, apesar de decepcionado, agora está aliviado.


Gabi

Memórias...



Hoje conversando com Mika, lembramos de quando nos conhecemos. Foi através de cartas! Numa época em que a internet ainda não era um meio tão acessível quanto hoje, eu usava as cartas para me corresponder com pessoas de todo o país. Isso foi lá no final dos anos 90. Início da minha adolescência, tempo em que eu colecionava fotos de Sandy e Junior, BSB, Hanson e Xuxa. As revistas teen vinham com uma página dedicada a troca de correspondências e eu escolhia aquelas com as quais eu mais me identificava para começar uma troca de cartas, fotos e em alguns casos, começava também uma amizade. Citei Mikaella, pois com ela acontecia de forma intensa. Nossas cartas tinham cerca de 4 folhas de caderno. E o que havia de mais legal nesse ato era a espera pela resposta. Tínhamos telefones, nos falávamos, mas esperar a carta era algo tão bom! Eu sabia até o dia em que o carteiro passava por aqui... O coração acelerava quando eu as recebia. Eram várias! E havia todo um ritual em escrever, comprar envelope, selar e colocar nos Correios. Era diferente de hoje, sabe? Poder ver a letra do outro, tocar no papel... Sentir de fato a presença daquela pessoa aqui, dentro da minha casa. Só lamento não ter guardado nenhuma recordação desse tempo. Procurei aqui na minha bagunça e não achei nenhum registro. Infelizmente... Mas ficou a lembrança de um tempo bom e até mesmo ingênuo. E graças a Deus, ainda tenho Mikaella e Thiago que estão até hoje para me ajudar a contar essa história.

*A imagem em nada condiz com o texto. Apenas quis usá-la por estar com a minha letra.

Gabi

sábado, 13 de outubro de 2012

Ciclo


"O rio é algo interessante... Quando você pisa dentro dele, as águas estão no presente. Mas a água que vem é futuro e a que vai já é passado. Porém, depende da posição que esteja no rio. Quando essa água evapora e volta em forma de chuva, passado, presente e futuro caem sobre a sua cabeça. E volta o ciclo."

O2R


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Tudo é tão simples


Fala-se muito sobre a complexidade do ser feminino. Eu concordo com boa parte dessas pontuações. Mas hoje, essas teorias existentes perderam um pouco do seu sentido. No post anterior reclamei de um cansaço e terminei desejando apenas um abraço. E assim como eu quis, aconteceu hoje. Não, não recebi nenhum abraço apertado. E sim, algo que não foi físico. Um simples telefonema, do nada, que matou um pouco da saudade e me fez perceber que algumas coisas podem ser mantidas, por mais que as pessoas estejam distantes. Sabe, mulher é complicada sim, mas existem gestos que fazem toda a diferença. Às vezes a gente quer tão pouco! Queria um abraço, recebi um telefonema e me senti mais leve. Um carinho, é sempre bem aceito. Venha como vier.

Gabi

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Status: Cansada

 
 

Putz! A semana apenas começou e eu já estou pedindo arrego. Queria que chegasse logo o bendito feriado de Nossa Senhora Aparecida e também o Dia das Crianças. Quero dormir tarde e acordar mais tarde ainda. Quero almoçar na casa de vovó. Quero estar com gente de verdade. Quero falar de assuntos que não sejam: Aditivos, planilhas, despesas, banco, contador, folha, pendências, salários... Quero que passe essa dor de cabeça. Quero que passe essa TPM. Quero acordar motivada e com vontade de trabalhar. Quero falar direitinho pela manhã e não rouca como tenho ficado nos últimos dias. Quero sorvete. Quero sorrir por bobagem. Quero um pirulito, até. Queria somente um abraço, daquele que bem apertado. Do tipo que só ele sabe me dar.
 
 
Gabi

domingo, 7 de outubro de 2012

Até quando?

 
 
Sete de Outubro de 2012. Domingo. Dia de eleições municipais. Dia em que todos saíram de casa na intenção de eleger àquele que será seu representante na prefeitura e na câmara municipal. Dia em que eleitores indignados com seus atuais representantes foram à urna exercer seu direito e lutar por uma mudança. É, mas acho que não foi bem assim... Na minha eterna mania de romantizar as coisas, era assim que eu via as eleições. Mas hoje, eu vi eleitores tão alienados quanto os próprios políticos. Pela primeira vez, me senti frustrada diante de resultados escandalosos. O que me deixa triste é ver a acomodação das pessoas. A sensação que tenho é que eles querem se livrar dessa obrigação. Votam e depois vão à praia. Pouco se importam com os resultados. Esquecem que mais do que uma obrigação, o voto é um direito conquistado com muita luta. Literalmente. Essa nova geração sofre de um mal chamado CONFORMISMO. Lembro de uma época em que todos, sim, eu disse todos, estavam na mesma vibe. Insatisfeitos com a situação do país. E reivindicavam. E isso era refletido até mesmo nas artes. Cada qual do seu modo, arrumava uma forma de protestar. Poemas, pinturas, músicas... Mas o que eu vejo hoje são artistas que só fazem coraçõezinhos com as mãos, e não se mostram, não se impõem. E assim são os que cultuam sua 'arte'. E assim é essa nova geração. É o que disse, é mais fácil se manter distante. É mais fácil não opinar. Continuaremos sendo roubados, humilhados, tratados como burros, e agindo como tal. 

Até quando? 

*Gomez. Crédito da tirinha retirada do perfil 'Brasil Consciente Já' (Facebook).


Gabi

Meu nome é Gal!

 
Ontem eu fui ao show de Gal Costa. A maior voz da música popular brasileira. Conheci suas músicas quando ainda era muito pequena. Lembro de brincar na casa da minha vó e sempre estar tocando na radiola, um disco de Gal. Minha tia era (é) fã dela. Assim, eu assimilava as letras e melodias. Nunca foi a minha cantora preferida (essa é Elis e depois, Marisa Monte), mas era aquela que estava sempre ali, todos os dias. Depois, já crescida, cheguei a assistir uma apresentação dela na abertura do carnaval de Recife, não lembro qual foi o ano, mas achei o máximo. Me deu vontade de ir a um show apenas dela. E assim foi ontem. Fui com Cris (a tia-fã) e Carla, minha prima. Chegamos trinta minutos atrasadas e ela já estava cantando Folhetim (Chico Buarque). Dirigido por Caetano Veloso, o show é lindo! Muito bem mesclado entre músicas do seu mais novo trabalho (Recanto) e os grandes sucessos do passado. 'Vapor Barato, 'Baby', 'Meu bem, Meu mal' e 'O Amor', estavam presentes no repertório de sua apresentação. Um show sofisticado, porém muito simples. Sem cenário. Apenas três músicos e o melhor e mais afinado instrumento musical de todos: A voz de Gal.
 
Gabi

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

01 de Outubro



Hoje é dia de Santa Terezinha e por tradição religiosa e ainda mais familiar, fui à missa. Durante todo o tempo, lembrei-me de uma época gostosa da minha infância. Mas deixa eu começar do começo. Meus avós são responsáveis pelos cuidados da capela de Santa Terezinha, que está localizada no bairro de Engenho Velho e a devoção que eles tem pela pequena Tereza, foi passado para todos os seus descendentes. Tanto que eles tem uma filha (minha tia-mãe) chamada Terezinha de Jesus.

Todos os anos, comemoramos essa data. Hoje em dia a festividade dura cinco dias. A família toda se une para fazer bonito no festejo. Na infância, eu era uma das crianças que seguia na procissão usando as vestes da Santa. Depois, passei a ajudar, ora contando o dinheiro arrecadado no ofertório,  outras organizando as brincadeiras e depois, um pouco mais velha, cheguei até a vender torta salgada e bolo de chocolate. O valor apurado na venda da torta salgada era meu e o do bolo de chocolate (feito por mim) era para a igreja. Era tão divertido! 

E hoje o dia foi péssimo! Estou sozinha no trabalho, sem a minha chefe (que está com a mãe no hospital) e sobrecarregada de trabalho. São cobranças indevidas e juntou com o início da minha TPM. Estou com dor na coluna e no estômago, tudo emocional, pois me conheço. Por diversas vezes, precisei contar e recontar até cinquenta para me acalmar... O que me tranquilizou foi chegar na minha rua e ver as pessoas ali, rezando. Hoje a missa foi campal. Cheguei do trabalho e parei em frente à igreja para rezar. Pedir a benção de Deus e da minha santinha. Agradeci. Ganhei uma rosa, o que é um bom sinal para quem conhece a história de Santa Terezinha...

O dia começou ruim, mas graças a Deus, terminou lindo, emocionante e abençoado.

E que as bençãos de hoje se perpetuem por toda a semana.

Gabi

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

De novo...




"(...) Se o teu corpo ainda guarda o meu prazer. 
E o meu corpo está moldado com o teu..."

O que ainda não foi. 
O que ainda está. 
Aquilo que continua. 
Que insiste e persiste. 
Sem expectativas. 
O que é gostoso, continua. 
E ainda fica. 
E ainda não foi. 
Bom? Ruim? 
Pra mim? Ou pra você? 
Não sei... 
Apenas deixo fluir. 
Deixo acontecer. 
O desejo ainda existe. 
O que ainda é latente. 
Até quando? 
Não era o fim? 
Fim. 
Determina o que acabou. 
O que não vai mais continuar. 
Mas vira e mexe, estamos lá. 
Tudo de novo. 
Os olhares. 
A boca apertada. 
O que ainda provoca o corpo. 
Que arrepia a pele. 
E está bom assim. 
Eu vivo. 
Eu apenas vivo. 
O hoje. 
Amanhã? 
Amanhã é futuro. 
E dele, não conheço nem o cheiro. 
O único cheiro que reconheço agora é o seu. 
Por que ainda está impregnado em minha carne.
E esse, eu ainda não esqueci.


Gabriele Lima

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Abre as asas, alça voo, voa e vai...



Escrever, para mim, sempre foi um hábito. Nunca o fiz por obrigação. Tenho guardados os diários e agendas. Escrevia até nos cadernos da escola. Claro que há muita bobagem e muitas letras de músicas. Sempre fui assim. Mas em nenhum momento passava pela minha cabeça que desse hábito poderia sair uma profissão. Quando criança, não sabia o que queria ser. Ouvia minha irmã dizer que queria ser professora. Mas eu? Não conseguia responder. Lembro de uma época em que eu quis ser paquita. É, queria ser assistente de palco do Xou da Xuxa. Fama? Ser artista? Não. Queria estar perto de Xuxa. Só isso. E também, por que nas brincadeiras infantis com as minhas primas e irmã, por ser a mais nova, era o que me sobrava. A prima mais velha sempre era Xuxa, as outras duas eram as paquitas mais importantes e para mim, restava ser a paquita pastel, aquela mais destranbelhada, rs. Eu gostava. Seria essa a minha profissão. Até que um dia caiu a ficha de que eu era morena. Paquitas são loiras! Um baque. Decidi que queria ser bailarina. 

Treinava escondida no quarto, guiando-me por uma revistinha que ensinava passo a passo. Mas cresci estranha, meus pés ficaram grandes demais. E cá entre nós, eu nunca dancei dentro do ritmo. Sempre fui meio descompassada. Pensei em fazer teatro ou artes plásticas (por admirar a arte popular). Mas nunca me arrisquei em um curso... Até que um dia, numa fase mais introspectiva (início da adolescência) voltei a escrever e por um momento, pensei em ser Jornalista. 

Não sei explicar ao certo, mas enquanto a maioria dos meus colegas reclamavam ao ouvir o tema da redação na escola, eu ficava alegre. E assim, não só fazia a minha, como também a de outras pessoas da classe. De algumas, eu apenas corrigia os erros e cortava as repetições de palavras. Hoje sei que gostar de escrever e estar atenta ao outro, não é o suficiente para ingressar nessa profissão. Já ouvi relatos de quem se decepcionou nesse meio, por conta das concessões. A verdade é que a gente romantiza muito as profissões escolhidas e acaba frustrada ao se deparar com a realidade. Mas, independente dos relatos de quem desaconselha, eu preferi dar ouvidos a quem escolheu e se apaixonou, e descobriu outras vertentes, conheceu novos caminhos dentro da área da comunicação. 

Eu não faço ideia de como vai ser mais pra frente. Sei que não vai ser nada fácil conciliar trabalho e faculdade. Sei o quão cansativo que há de ser. Pode dar certo. Pode dar errado. Mas eu quero seguir meu coração. Minhas ideias. Minhas palavras. Foi o que decidi pra mim. E eu estou disposta a enfrentar a correria do dia a dia, a voltar à sala de aula, a encarar meus medinhos... Sim, eu estou disposta. E não há outra opção. Será no início do próximo ano. Paquita. Bailarina. Pintora. Secretária. Técnica. Aonde eu me encaixo? Posso ser todas, posso escrever sobre todas. Por que as palavras me permitem ser mais do que sou. As palavras me permitem ser eu e ser outras. Pronto. É isso que eu quero ser. Jornalista? Escritora? Pretenções? Pode ser. Mas eu escolhi ser todas que eu puder ser. 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

'A atitude de recomeçar é todo dia, toda hora...'


Nessas últimas semanas fui reforçando alguns laços de amizade. Ele (que eu fiquei receosa em perder depois daquele 'fim'), ainda está comigo. Nosso contato não mudou e a confiança que sinto nele só aumenta a cada dia. Percebi que para estar junto, não precisa estar tão perto. Luciana, que antes era uma prima (de centésimo grau) querida, hoje é mais que uma amiga. Quantas vezes fomos dormir altas horas da madrugada, apenas conversando, fazendo planos, ouvindo José Augusto e sorrindo das nossas bobagens... E é assim com Mikaela. Acho que hoje, essas são as pessoas que mais sabem sobre mim. Com Mika é uma coisa de louco. Mesmo estando no trabalho, trocamos e-mails e SMS. Sobre absolutamente TUDO. Contas, compras, academia, homens, futuro, alimentação, planos, cabelo, maquiagens, causas trabalhistas.... Combinamos de comprar uma caderneta para anotar nossas metas. Chegamos ao consenso de que planilha no computador não funciona. Tem que ser algo palpável , que esteja ao nosso alcance. Escolhemos a cadernetinha. E eu já comprei a minha. Já fiz anotações. O lance é escrever o que se pretende fazer e estipular um prazo para realizar o tal feito. Minha primeira meta é para Novembro. Acho que consigo. Sabe quando as coisas vão ficando mais fáceis? Pouca coisa mudou. Ainda tenho que quitar minhas dívidas (devo conseguir fazer isso no final de 2012), mas a forma de encarar os problemas mudou. Assim como eu, Mika é a provedora de sua casa e pra ela é tudo mais complicado, sem pais, cuida dos irmãos pequenos e do tio que requer cuidados especiais... É fazer mágica para manter a casa. E ela faz. E não reclama. E sonha. Eu também sou assim. Não cheguei aos 27 anos amargurada como cheguei aos 26. Reclamando, lamentando... Tentei virar o jogo e dar as cartas. A evolução pode ter sido pequena, mas muito significativa para quem não sabia para onde andar em meados do ano passado. É aquela ânsia de viver o agora. Será que dá para entender? As metas da caderneta, não passam de um ano. Não tem nada programado para 2014! Pensei em coisas tangíveis e possíveis. Coisas que só dependem de mim, do meu esforço, para serem concretizadas. E amanhã chega mais um dia . É mais uma folha em branco, que começa a ser escrita. Por mim e por aqueles que fazem parte desse meu mundo, vasto mundo...

Gabriele Lima

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Na pele...


Sim, mais uma tattoo! Eu já estava com vontade de fazer outra tatuagem e até havia falado para algumas pessoas que faria a frase "E há tanto pra viver..." no ante-braço. Mas ficava adiando, todo sábado acontecia alguma coisa e eu desistia. Até que de repente me deu essa súbita vontade. Eu queria sentir um pouco da dor e decidi mudar a frase. Preferi uma palavra. Uma que representasse para mim. E foi essa. Attraversiamo. Palavra que até hoje é o meu subnick no MSN e que me chamou atenção logo quando li o livro Comer Rezar Amar (Elizabeth Gilbert). Vou tentar resumir. Attraversiamo está na primeira pessoa do plural do idioma Italiano. Ao traduzirmos para o nosso português, ela passa a significar 'Atravessamos'. No livro, ela é a palavra preferida de Liz, ao chegar na Itália. Ela gosta de sua pronúncia e principalmente da simplicidade do significado. 'Vamos atravessar'. Metaforicamente, não atravessamos um caminho sozinhos. Na eterna busca dos nossos sonhos, das nossas vontades, daquilo que somos ou que queremos ser, encontramos pessoas no meio do caminho e cada uma delas representa algo para a nossa vida. No livro, Liz está recentemente separada, larga seu emprego, e vai rumo a três países. Em cada um deles, descobre um prazer (por isso Comer Rezar Amar) e assim, a medida que vai conhecendo pessoas por onde passa, também descobre-se. Eu digo que em 2011 fiz a minha travessia. Acredito que tenha sido apenas o início. Os primeiros passos. E não fiz sozinha. No meio do meu caminho, encontrei alguém que me olhou e me estendeu a mão. Que me chacoalhou com atividades e que me fez pensar. Repensar. Nada foi fácil. Mas quando aceitei a proposta, me dispus a seguir. Encontrei várias dificuldades nessa caminhada. E vinha de dentro. Andava. Voltava. Parava. Mas depois, seguia. Como um ser humano em processo de construção, aprendi a lidar com os meus erros. E fica aqui meu registro de uma marca que agora está na minha pele. Decidi marcar em meu corpo, algo que está marcado em minha alma. Precisei dele para o começo da minha travessia e ano que vem é o ano de concretizar. Continuo caminhando. Com ele de alguma forma. Com outros amigos. Com meus pais. Mas sempre com alguém. Atravessamos uma fase. Demos os primeiros passos para uma longa caminhada. E quantas mais travessias terei de fazer? E quantas pessoas eu vou conhecer? São boas as expectativas... E sobre ser mais uma tatuagem? Bem, eu curto esse tipo de arte. Não vejo problema em fazer mais, caso eu ache necessário. Fui muito criticada por ter feito mais uma. Muita gente ficou preocupada, querendo saber o que estava acontecendo. Como assim? Foi-se o tempo em que tatuagem significava rebeldia. Até pode ser ainda, mas não é mais só isso. É vontade. É vaidade. Eu fiz por que precisava. Por que por incrível que pareça, a dor é gostosa de sentir. E para ter em mim, uma palavra que muito representa nessa nova fase. Quando penso no futuro, me vejo uma coroa com mais tatuagens. E quero fazê-las enquanto a pele estiver boa para isso. Sem vergonha. Sem preconceitos. Sem pensar no que vão falar. É isso.


Gabi

domingo, 9 de setembro de 2012

Hora de dizer adeus...



E-mails. Conselhos. Conversas. Provocações. MSN. Fotos. Olhares. Abraços. Beijos. Mordidas. Toques. Webcam. Contos. Telefones. SMS. Vergonha. Vontades. Desejos. Aventuras. Coração acelerado. 1ª vez. Prazer. Céu. Fantasias. Surpresas. Cama. Carro. Moto. Risadas. Cumplicidades. Sushi. Almoço. Sorvete. Livros. CD. Confiança. SC. PG. Mar. 

E fim.


Crédito da arte: Orlando Pedroso

sábado, 8 de setembro de 2012

Com o verde eu tenho a esperança...


Hoje foi o feriado tão esperado. Tá, eu sei, o feriado foi ontem, pois já são 2h10 da manhã de sábado, dia 08 de Setembro. Mas para mim, enquanto eu não dormir, o dia ainda não acabou. Portanto, ainda estou no feriado da Independência Nacional. Nunca fui patriota a ponto de fazer reflexões sobre a importância desse dia. Também não quero falar de História. Libertação do Brasil de seus colonizadores. Ok. É isso. Ainda há muito para nos libertarmos, politicamente falando. É um passo diário que deve ser dado por todos nós. E por falar em política, falta um mês para as eleições municipais. E por incrível que pareça, eu ainda não tenho uma escolha para aquele que será o prefeito de Jaboatão. Está tão difícil. A única certeza que tenho é que o atual não deve continuar, não vejo mudanças efetivas na minha cidade. Porém, os demais candidatos não me trazem esperança de renovação. Eu preciso avaliar as outras propostas, não quero jogar meu voto fora e votar em branco. Muito menos anulá-lo. Poxa, eu quis tanto ter o meu título de eleitor! Lembro de tê-lo tirado assim que completei 16 anos e votei, mesmo não sendo obrigatório para essa idade. Se eu fosse eleitora da cidade de Recife, votaria no candidato Daniel Coelho, apesar de não gostar do seu partido político (PSDB), vejo nele uma boa vontade, uma juventude, ideias reais, ele me passa confiança. Jamais votaria em Humberto Costa, por não achar justo o que o PT fez, tirando do então prefeito da cidade, João da Costa, o direito de competir para o segundo mandato. Não gosto do trabalho de João, mas direito é direito. A democracia está aí para nos garantir que os direitos sejam cumpridos. Não foi o caso. Enfim, eu não queria falar de política e acabei caminhando para isso. Por falar em eleições, meu pai está candidato a vereador em Jaboatão. Está na militância há muito tempo. Acho difícil que consiga se eleger, perante a tantos candidatos influentes e que se valem do dinheiro para fazerem suas divulgações. A divulgação do meu pai está sendo feita de forma popular, no famoso boca-a-boca. E apesar de tudo, quando ele foi candidato a Deputado Estadual, obteve a marca de 1.700 votos. O que foi muito para quem não teve nenhum incentivo financeiro. O que foi pouco para o partido do qual ele era filiado. Evito falar sobre isso nas Redes Sociais, nem comento nada no Face. Prefiro ficar neutra nessa relação. E agora são 2h22 e o meu sono não chega! Acordei cedo para quem tinha planos de sair da cama às 12h. Mas dormi a tarde toda, e isso com certeza tirou todo o meu sono da noite. Mas tudo bem, o feriado me permitiu essa extravagância. Aproveitei a noite para assistir alguns vídeos do programa Direção Espiritual (apresentado pelo Padre Fábio de Melo) e consegui meditar um pouquinho. Incrível isso, né? Eu, Gabriele, meditei! Fico surpresa, pois para meditar, a cabeça precisa estar tranquila, longe de qualquer tipo de pensamento, principalmente o negativo. Mas eu me esforcei e consegui. E voltei tão relaxada. Aí fui assistir ao meu DVD do filme Sociedade dos Poetas Mortos. Esse filme mexe comigo. Eu precisei revê-lo para pensar numa questão que me aflige há duas semanas: A morte. O filme não fala apenas sobre esse tema, mas em algum momento, o professor de poesia (nada ortodoxo) John, inicia o aprendizado de seus alunos, mostrando-os uma fotografia onde as pessoas hoje estão mortas. E um dia, nós também estaremos. O filme é belo, por tratar da morte nesse sentido. Como a certeza da vida. E através dessa consciência, o professor passa para seus alunos a vontade de viver e de aproveitar a vida. Mostra que nós, jovens, temos que nos opôr, contestar, gritar, pensar e usar o bom-senso. É o filme mais poético que eu conheço. O que me faz chorar sempre que eu assisto. Sua maior mensagem está sintetizada em apenas uma frase 'Carpe Diem', expressão latina que significa 'aproveite o dia'. Hoje acordei cedo, sentindo um vazio que há muito tempo não sentia. Afastada de Deus. Indo contra os meus princípios. Não tive vergonha de ajoelhar e pedir Sua benção. Hoje, tudo contribuiu para que de fato, eu comece uma verdadeira mudança. Aquela que acontece de dentro pra fora. O filme, a conversa com Deus, os vídeos de Padre Fábio, a conversa com mainha e também com vovó (que é a pessoa que tem mais fé), tudo hoje contribuiu para que eu me orientasse. Não sei se estou no caminho certo, mas sei que tenho comigo a melhor família (apesar de todos os defeitos), os melhores primos e os poucos melhores amigos por perto. Isso me deixa aliviada e mais forte para seguir. Comecei uma reforma na minha casa. Quero mudar a cor (comecei pelo blog), quero trocar as paredes, mudar da decoração e jogar fora tudo aquilo que não me serve. Comecei essa reforma hoje. No dia 07 de Setembro. Dia que vai marcar o início da minha independência. O começo é difícil, mas a vontade é maior do que qualquer medo que até ontem existia. Sim, pois o medo é um dos lixos que estou expulsando da minha casa. E a casa que eu falo, é uma que se chama coração.

Me desejem sorte.

Gabi

domingo, 2 de setembro de 2012

Quando entrar Setembro...


E em todo começo de mês é a mesma coisa. A gente sempre pede para que o mês nos surpreenda, mas a realidade é que nós temos que surpreender o mês e todas as pessoas que os dias irão trazer para nós. Depois de um tempo observando você aprende que a tristeza assim como felicidade é algo natural, algo que em algum momento você irá sentir. Você não é uma pessoa triste, as coisas deram errado e você está triste. E por mais que incomode, você sabe, no fundo que mudar essa situação só depende de você. Eu já escolhi chorar e me isolar por dias e dias, mas quer saber? Perda de tempo. A vida esta aí, linda e iluminada, e os dias vem e com eles podem vir coisas maravilhosas e coisas que podem nos destruir. A felicidade pode não ser uma escolha, e sim uma consequência de nossas ações. Mas escolher permanecer triste não é uma boa opção. Escolha superar, escolha seguir em frente, porque se você não fizer diferente, Setembro, Outubro, e todo o resto será exatamente igual: apenas um dia após o outro. A sua felicidade depende de você! Pare de cobrar tanto dos outros e entenda que pessoas felizes são as pessoas que souberam superar as adversidades da vida, e não as pessoas que nunca sofreram.



- -- Autor Desconhecido.

domingo, 26 de agosto de 2012

Guardo teus segredos, chaves, códigos, erros...


Se você me prometer que vai voltar, eu posso até me comportar. Conto os dias, conto as horas, os minutos vão cada vez mais devagar. Tudo bem, vai passar. Se você contar mais uma história e depois do nada me beijar, eu vou acreditar. Fico presa em minhas teias, teço planos pra quando você voltar. Tudo bem, eu juro que vai passar. Quero sempre toda hora, eu não te deixo em paz. Não temos tempo pra dormir sós, eu sei tanto de você e nada sobre nós... Sei de mim. Guardo teus segredos, chaves, códigos, erros... Sei você, como um livro aberto, um passo cego à beira do abismo. Volta sim, tenho seus desejos, eu sei de cor, porque eu te sei melhor. Eu sei que tudo deu um nó, pra ter você do lado às vezes é melhor eu te deixar mais só.

Sei de Mim - Pedro Mariano

Posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis...


Enquanto houver você do outro lado, aqui do outro eu consigo me orientar...


Hoje eu me peguei esperando você no msn e também no Facebook. Não sei, mas passou pela minha cabeça que você entraria a qualquer momento e a gente conversaria. Acho que senti isso por ter sonhado com você. Hoje acordei passando das 13h, e acordei meio assustada. O sonho não foi bom. Foi estranho. Procurei o significado no Google e fiquei ainda mais assustada. Não costumo ter presságios, e espero que esse sonho não tenha sido nenhum aviso. Espero que esteja errado. Aí bateu um medo, sabe? Rezei por você. Pedi a Deus para que nada de mal lhe aconteça e o medo passou, foi embora. Eu ando tão confusa e queria tanto lhe encontrar pra gente conversar. Já que por e-mail não vai acontecer. Ou até mesmo no msn. Eu queria conversar para entender o que está acontecendo. Tenho a impressão de que você está com algum problema. Não sei se pessoal ou profissional, ou comigo... Não sei. Só sei que isso me aflige, por não poder fazer nada. Putz, eu lhe conto tudo! Eu abro a minha vida para você! E me sinto tão melhor depois de fazer isso. E outras tantas pessoas também fazem isso com você, por lhe verem como alguém mais experiente, que sempre vai ter algo bom para falar, para aconselhar. Mas fico pensando, quando o problema é seu, quem é que lhe ajuda? Talvez eu também não possa ajudar, talvez eu nem saiba o que falar. Mas às vezes, tudo o que a gente precisa é ter alguém que apenas nos ouça, ou alguém que fique perto. Eu queria lhe ouvir... Mas não vou forçar a barra. Eu espero que nada disso esteja acontecendo, que seja coisa da minha cabeça, pois é muito angustiante imaginar você passando por algo difícil. No mais, acredito que precisamos conversar sim. Sobre nós. Sobre mim, se for o caso. Eu nunca estive tão confusa como agora. E essa conversa vai ser definitiva para que eu possa tomar uma atitude. Eu espero que essa conversa aconteça e sei que você será sincero comigo. E independente do final disso tudo, eu vou fazer o possível para não ferir o que temos de mais bonito. A nossa amizade. 

Espero que agora você esteja bem.

Com afeto,

Gabi

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

“Antes eu era transparente, agora sou cheio de cores” - Arthur Bispo do Rosário



Ganhei como presente de aniversário, o livro Cinquenta Tons de Cinza (E.L James), minha meta é terminá-lo na próxima semana para iniciar Cinquenta Tons Mais Escuros, o segundo livro que compõe a trilogia. Se formos falar em literatura, posso dizer que não há nada de surpreendente que justifique o burburinho causado em seu lançamento. O livro é best-seller, o que garantiu sua adaptação para as telas de cinema. Quis saber a opinião da crítica antes de começar a leitura, mas abri o livro despida de qualquer pré-julgamento. Quero ter minha opinião. Ainda não cheguei na metade, mas já digo que é instigante, o enredo consegue lhe segurar na intenção de ler até o final e ficar curioso para o que virá a seguir. E acredito que o sucesso estrondoso, dá-se pelo fato de ser erótico e altamente feminino. Quebrando tabus para quem tem vergonha de falar sobre sexo. Já sei que os homens adoraram! Não que eles estejam lendo, não... É que as pesquisas nos mostram que eles gostaram simplesmente por perceber a diferença causada em suas mulheres ou namoradas. Mais soltas, mais sem pudor. Enfim, prosseguirei na leitura. E comecei com esse assunto, por que desde que comecei a ler, relembrei o tempo em que eu pensava em ser artista plástica. Eu já fui fascinada por essa arte. Meu plano era fazer aulas de desenho e pintura, e seguir na profissão. Modéstia à parte, eu desenhava bem, até surgir um problema sério nas mãos, o que me impossibilitou de escrever e por conseguinte, de desenhar. Minhas mãos já não obedeciam a minha mente. A coordenação não era mais a mesma e eu sentia muitas dores (já falei sobre isso aqui). Então parei, encerrei essa vontade ali, aos 16 anos. Relembrei também, por ter arrumado o meu quarto, trocado o guarda-roupa e encontrado meu caderno de desenhos. Há coisas legais! Nada de esplendoroso... Mas bons. Acho que essa vontade nasceu após eu estudar literatura e conhecer a arte de Tarsila do Amaral. Nessa época, eu fiquei encantada com a Semana de Arte Moderna de 1922. Fiquei apaixonada pelos artistas que compunham aquele momento histórico. É, eu, desde cedo sonhando. O destino se encarregou de mudar algumas coisas e cá estou eu, falando com saudade de algo que deixou de existir há 11 anos. Mas confesso que ainda sinto essa vontade. Não de ser artista, não... Mas de um dia estudar artes plásticas, nem que seja um curso fechado de pintura à óleo. Ainda há tempo. Sempre há.


Gabi


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Tá tudo escuro aqui...



O poder da palavra às vezes me assusta. Em meu último post coloquei como título "pronta pra recomeçar". Pronta, talvez eu não esteja. Mas hoje me vejo na necessidade de por essa frase em prática. O coração está pequeno. A rejeição é dolorida demais. A pessoa que diz que acabar um namoro dói, talvez nunca tenha acabado uma amizade. Ou pior, talvez nunca tenha se decepcionado com aquilo que acreditava ser amizade. Não vou me alongar nesse texto. O coração está pequeno e dessa vez lágrimas insistiram em descer. A dor da decepção é maior do que qualquer outra. E tudo o que eu mais desejo agora é ficar longe. Bem longe. Precisava acordar e parar de viver uma mentira. Algo que de fato nunca existiu. Sinto-me cansada. Cansei de ir atrás, cansei de buscar respostas, cansei de esperar atitudes, cansei da falta de interesse, cansei... 

Gabi

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Pronta para recomeçar...


Para um blog egocêntrico como esse meu, preciso de um post em minha homenagem. Coisa feia, né? Mas quem melhor do que eu para falar sobre mim? Ah, aqui eu já abri a minha alma, contei meus desejos, falei sobre os meus medos, chorei minhas lamúrias, sorri com as minhas conquistas... Falei das minhas paixões. Sobre o que me deixa feliz e sobre aquilo que eu não gosto. Pedi e agradeci. Falei de amigos, dos meus pais, das minhas sobrinhas, da vida, dos homens e das mulheres. O que mais fiz foi escrever aqui. É nesse espaço que eu registro um pouco daquilo que me acontece, que me perturba, que faz meu coração acelerar e meus olhos brilharem. Meu canto. Meu particular. Então, não vou ficar aqui fazendo o 'QUEM SOU EU', eu sei um pouco do que sou. O resto? Ainda estou descobrindo. Só quero é agradecer a Deus pelos meus 27 anos. E pedir a Ele que me guarde direitinho e que me abençoe muito! Só isso. O resto vem, devagar. E o que não vier, eu vou atrás. Correndo. Andando. Seja lá como for, mas eu vou. Ai! Vivi 27 anos em um ano. Louco, não? Mas vivi. Por que as coisas começaram a acontecer de fato há um ano. Foi quando eu me permiti viver. Me aventurar. Conhecer o novo. Atravessar. E quando fecho os olhos para dormir, não tenho nenhum pingo de arrependimento. Tudo o que vivi foi importante demais. As pessoas que passaram em minha vida foram muito importantes também. Para o bem ou para o mal. O casulo abriu na hora certa. Foi tudo tão intenso! Tão perfeito. Muitas lágrimas rolaram. Muitos desabafos. Muitos e-mails. Muito ciúme (é, descobri que sou ciumenta que só a gôta). Eu estou até me perdendo no que estou escrevendo, tamanha felicidade. Por ficar mais velha? Nãão! Por começar o meu ano novo. É agora que 2012 começa. E aproveito para agradecer também às pessoas que conheci nesse meio tempo e aquelas que reconheci. Que viraram parte de mim, parte do que eu sou. Entre vontades, sonhos, aventuras, sorrisos, olhares, abraços, lágrimas e desespero, estou aqui. Sã e salva! Sobrevivente dos meus próprios sentimentos.... E quantos mais ainda vou reconhecer? E quantos mais passarão por mim? Não faço ideia! Só sei que aguardo o novo, sem deixar os meus 'velhos' para trás. Tá, ok. Amanhã tudo volta ao normal, é o meu primeiro de Janeiro, rs. Mas o que importa é o hoje. E a felicidade que estou sentindo, ah... Essa ninguém vai tirar de mim. Retirei roupas que não uso mais, acendi o meu incenso, organizei o meu quarto e quero tudo novo. De novo.


E eu quero é mais! Mais saúde. Mais tattoos (sim, daqui a 10 anos serei uma coroa bem tatuada). Festas. Shows. Amigos. Sushis. Faculdade. Trabalho. Passeios. Cinemas. Conversas. Sorvete. Chocolate. Brincos. Anéis. Pulseiras. Roupas. Sandálias. Músicas. Abraço apertado. Beijo demorado. Olhares que me corem. Telefonemas. SMS´s. Livros. E-mails. Esmaltes. Borboletas. Família. Bolo. Brigadeiro. Pavê. Pizza. Dançar. Libertar! Eu quero mais. Quero todos os paparicos. Afinal, o dia hoje é todo meu!

Gabi

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Agosto be good to me



Eu não sou daquelas pessoas que falam ao receber um embrulho: "Pra quê foi se incomodar?" "Não precisava." Não. Eu adoro receber. Eu APRENDI a receber. Me dê o que for que eu vou pular no seu pescoço e te dar um beijo. Porque saber RECEBER é dar de volta!


Li esse fragmento de texto de Fernanda Mello e copiei. Concordo. Receber é dar de volta.