segunda-feira, 23 de julho de 2012

E há tanto pra viver...


Às vezes eu tenho a sensação de que demoro um pouco para aprender. Eu insisto em algo em que ainda acredito até chegar o momento de desistir. Tá, chegou o momento. Eu fui até onde pude. Passei dos limites. E agora vejo que foi preciso ir até o fim para poder encontrar o MEU limite. Fiz bobagens. Errei. Vivi. Fui eu. Me encontrei de diversas formas. Conheci várias Gabis. A chata. A boba. A ingênua. A ciumenta. A amorosa. A carinhosa. A assanhada. A sem pudor. A certinha. A apaixonada. A centrada. A pés no chão. A sonhadora. Todas elas estavam dentro de mim e saíram no momento oportuno. Ou não. Mas deixei que elas eclodissem para que eu me (re)conhecesse. Eu senti. Eu quis. Eu fiz. Eu fui. Eu voltei. Me ofereci. Me dei. Me doei... E eu olho pra trás e não tenho nenhum arrependimento. Pelo contrário, tenho tanto orgulho de ter sido eu! De não ter seguido baseada nas expectativas que os outros criaram sobre mim. Sabe acordar e se olhar no espelho e gostar do que está vendo? Estou assim. Eu gosto de sair com meu cabelo ondulado, sem chapinha. Eu curto ele chapado também. Eu aceito meu corpo do jeito que ele é e agora mais feliz por ter engordado três quilos... É a fase de me curtir. De achar legal ser paquerada no restaurante em que eu almoço diariamente (ah, deixa eu me 'achar' um pouquinho!rs). Passar o dia jogando X-box com as minhas amigas. De estudar toda noite focada no meu mais novo objetivo. E eu quero aproveitar essa nova fase. Minha fase. De ser eu. De assumir a minha personalidade. De planejar novas tatuagens. E de aceitar as novas Gabis que podem vir. Caetano diz na letra de uma música que 'Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.' E eu já usei essa frase sem ao menos ter entendido o seu significado. Hoje compreendo e a uso de forma diferente. Agora verdadeiramente. Tudo ficou mais intenso. Eu passei por essa mais forte. Eu precisava ter passado por tudo isso. Eu precisava perder o equilíbrio e até a razão para me encontrar. Valeu a pena. Valeu cada crisezinha de ciúme sem motivos (com motivos, mas sem razão). Valeu cada explosão em palavras enviadas por e-mail. Tudo valeu a pena. Por que hoje sim, eu posso assumir que me gosto muito mais, por me entender muito mais também. Valeu a pena ficar meio reclusa. Valeu passar um tempo distante. Valeu! Eu me dei o direito do novo. Que nem é tão novo assim. Mas estou me dando a chance de sair, de conversar, de me divertir... Pronto, meu fim de semana foi perfeito (seria ainda mais se eu não tivesse a cólica horrível de ontem). Estou me dando uma nova chance. Posso quebrar a cara de novo. Mas ano passado, me falaram que quem não se arrisca, não se lasca. Então é isso. Sem expectativas. Sem compromisso. Sendo livre dentro daquilo que eu sou. O coração está tão leve. O sorriso mais bobo ainda. E eu quero que esse seja apenas o começo do meu novo ano. Bem-vinda, Gabriele. E que sejam bem-vindas as outras que estão por vir... 


Gabi

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Aos meus amigos... Feliz dia!


''Depois de um tempo a gente aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E que o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. '' 

Gabi

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Dúvidas



Parar é que não dá e nem se pode. Eu comecei tão bem esse mês, tão feliz, tão cheia de esperanças (odeio isso), mas aí há três semanas que a pressão vem baixando. E ontem baixou feio. Senti umas coisas estranhas, uma dor de cabeça que mais parecia enxaqueca (coisa que eu não tenho), uma fraqueza nos ante-braços, e uma sonolência absurda. Falta de água? Pode ser. Não sei se de água, mas falta de alguma coisa. Emocional? Pode ser também, a alma reside no corpo, não há como separar o que é sentimental e o que é físico. Enfim, é hora de parar tudo para ver o que tem de errado. Pegar esse meu fim de semana para arrumar a bagunça do quarto e tirar um tempinho para mim. Ficar sozinha um pouco, acender meu incenso e pensar, escrever no caderno... Ter uma conversa séria comigo. Tem coisa errada aí e não pode continuar. Já revi meus erros, já encontrei aonde me perdi... Sem pieguice ou sem falar como autor de livro de auto-ajuda, comparo a vida como um jogo de vídeo-game. Que tem estágios, sabe? No jogo, você sabe quantos estágios precisa vencer para chegar ao final. E dependendo do jogo, você só sai dele depois que conseguir derrotar todos os monstros e vencer todos os obstáculos. Aí vem o outro estágio. Que muitas vezes nos engana e acaba sendo mais fácil que o anterior. Na vida, graças a Deus, não temos ideia da quantidade de estágios que iremos passar. São várias fases e em todas elas precisamos derrotar os monstros. Vencer os obstáculos. Alguns desses monstros não são externos, portanto não é preciso ter força física para combatê-los. Falo por experiência própria. Eu criei os meus monstros e os alimentei por muito tempo. Assim, deixei que eles crescessem e ficassem maiores e mais fortes do que eu. Foram medos, incertezas, carências e um negativismo sem tamanho. Passei anos no mesmo estágio, não evoluía por que continuava alimentando-os sem que eu percebesse. Meio que me acovardei e preferi conviver com eles, em vez de encará-los... São lembranças de um passado recente e que se eu não cuidar, volta a ser presente. Custei a aprender que tudo só depende de mim. O bom funcionamento do meu organismo, as decisões de qual rumo seguir, o dia em que eu quero ir ao cinema e com quem eu vou sair. Só eu posso pensar, escolher e decidir. Isso é assustador! À primeira vista. Depois a gente acostuma. Como disse Ádila, o tempo não cura nada. Somos nós quem aprendemos a viver com o tempo. E eu estou aprendendo. Assim no gerúndio mesmo. Sinto como quem passou um estágio, um que foi perrenguezinho, diferente dos outros pelos quais eu já passei. Não foi o mais desafiador, mas foi o mais intenso, o mais forte, o mais bonito, o que mais cobrou de mim... Sinto que contei com uma grande ajuda no começo, alguém que entrou de repente e virou amigo. Aquele que não faz por você, mas que mostra as opções e é você quem tem que ousar, arriscar e seguir. Sinto que fiquei sozinha depois, mas só agora vejo que já estava chegando ao final quando isso aconteceu. E vejo que foi melhor assim. Eu saí cambaleando, me arranhei toda... Mas passei. Ufa! É isso mesmo? Passei! Fui para um nível mais elevado. E eu espero, do fundo do meu coração, que seja aquele mais fácil. Que você passa rapidinho por ele, sabe? Só que nesse caso, meu desejo não vale nada. Já existe. E eu vou iniciá-lo sozinha... Mas fiquei tranquila hoje em saber que ainda posso contar com a opinião dele. Fiquei perdida com a possibilidade de mudar assim, de repente. Não quero. E eu precisava saber o que ele pensava. Quem está de fora sempre enxerga melhor os fatos. Dito e feito. Foi o que aconteceu. Acho que isso eu aprendi também. Pessoas não se perdem. Às vezes se afastam, mas estão por ali quando você precisa. O caminho é longo, e eu quero aproveitá-lo muito bem. Olhar com atenção para cada paisagem pela qual eu passar. Por que não há volta e o caminho é novo. As paisagens não se repetem. E depois, ficam somente as lembranças do que se foi, enquanto a gente segue. Que Deus me guie para o melhor e que a minha vontade prevaleça. E que assim seja.


Gabi

Quer saber? Já foi!


Há alguns posts eu comentei sobre mudanças e hoje eu recebi um e-mail de um cara que eu nem esperava, falando sobre isso. Não, o e-mail era sobre o fim do curso, pedindo orientação sobre estágio... Mas no final, ele falou algo que me deixou assim, surpresa, eu acho. Não vou publicar o nome dele, até por que foi um e-mail, é coisa pessoal. Mas vou deixar o finalzinho aqui: 
'Ah, foi bom falar contigo no celular. Ainda gosto de ouvir a tua voz. Não sei se é impressao minha, mas tas diferente, nem parece aquela que usava all star, que usava oculos e que tinha vergonha até de falar! Tu tas mais bonita e mais mulher, com todo respeito. Saudade de tu.'
Eu achei bonitinho e ao mesmo tempo engraçado. Sei lá, aquele velho ditado de que as pessoas só dão valor quando perdem. Eu era arriadinha por ele. Ele me tinha nas mãos. E eu era a menina mais boba da face da terra. Ia atrás. Ligava. Mandava mensagens. Ele ficou quando quis e depois esnobou quando não quis mais. Aí na semana passada ligou, falou várias coisas e no final disse que tava com saudade da minha voz e lembrou de mim por que estava esperando o metrô (morri de rir! Eu tenho cara de lata? =p). Só me chamou atenção ele vir falar sobre essa mudança. É tão perceptível assim? Quem está perto de mim, não nota ou pelo menos não comenta. Mas é a terceira pessoa (de fora) que me fala isso, em cinco dias! Eu sei que mudei, mas não achei que fosse algo assim, que qualquer um pudesse ver... Então, tá. E-mail respondido. De forma breve e sem comentários sobre o que ele observou. Isso eu deixo para fazer aqui.
  

"A verdade é que as primeiras mudanças são tão lentas que mal se notam, e a gente continua se vendo por dentro como sempre foi, mas de fora, os outros reparam."Gabriel Garcia Márquez


Gabi

Fique um pouco mais...

Hoje eu peguei carona com Elaine (prima) até Tejipió. Pensei em fazer isso todos os dias, mas acabei chegando atrasada no trabalho. Apesar do aperto que passo todas as manhãs, o metrô ainda é a melhor opção. Pelo menos não há congestionamento... Durante a carona, fomos conversando e assistindo ao Tributo feito pela MTV para a Legião Urbana, com Wagner Moura nos vocais. Eu ainda não tinha visto, só ouvido o comentário da crítica musical. Até tentei acompanhar no dia em que foi transmitido pelo site da emissora, mas acabei me intretendo em outras coisas. Enfim, vi uma parte hoje. Achei válido, mas que fique bem claro que foi apenas uma homenagem. É nítido o esforço do ator para dar vida a Renato Russo. Fazendo até as dancinhas esquizofrênicas que Renato costumava fazer em suas apresentações ao vivo. Mas para mim, é só. Não passou de uma homenagem. Wagner desafina (apesar de ser o vocalista da banda Sua Mãe, que faz um estilo brega-cult) e parecia aquela roda de amigos que bebem em uma festa enquanto um canta no karaokê. Pura diversão. Não deve ser levado à sério. Eu pelo menos, não levei. Eu li uma entrevista com Wagner Moura em que ele se dizia satisfeito com o resultado e descontente por ter sido tão criticado pela imprensa. Mas, peraí, né? Ele devia estar preparado para o que ia ouvir. Ele estava simplesmente cantando a banda, talvez, mais influente do rock nacional! E é aquela coisa, a banda poderia ter tido qualquer baterista, qualquer guitarrista e qualquer baixista, mas cantor? Ah, esse não poderia ter sido outro, se não Renato Russo. Ele era a banda! Ele era a alma. O corpo. E as letras. Não fui dessa geração que acompanhou Legião Urbana. Eu tinha 11 anos quando Renato faleceu, em decorrência da AIDS (1996). Mas, já crescidinha, passei a curtir algumas músicas e a ter o cantor como um verdadeiro poeta. Sou apaixonada por suas escritas. E Legião é atemporal. Hoje eu vejo jovens que também não foram da geração oitentista, que curtem as músicas da banda. Então, posso sim dizer que o tributo foi válido apenas como uma singela homenagem da emissora musical, ao fãs e ao próprio Renato. Só. Só houve um Renato. E esse, musicalmente falando, é insubstituível.

 


'Não vá embora, fique um pouco mais. Ninguém sabe fazer o que você me faz. É exagero e pode até não ser, o que você consegue, ninguém sabe fazer...' - Legião Urbana


Gabi

É...



Meu corpo está longe de ser perfeito. Meu cabelo não é como eu queria. Minhas roupas são básicas. Meus amigos são tão poucos, mas são os melhores que eu poderia ter. E minha vida? No recomeço que acontece diariamente.




Gabi

Todas elas num só ser...



“A mais carinhosa também é a mais bruta. A mais inteligente é ao mesmo tempo a mais sensível. A mais bonita é a mais emburrada. A mais esperta é ao mesmo tempo a mais mundo da lua. A mais bem humorada também é a mais chorona. A mais falante é ao mesmo tempo a mais secreta. A mais velha é ao mesmo tempo a mais moleca. A mais moça também é a mais madura uma não vive sem a outra. E eu não vivo sem as duas.”

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"Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Ultima Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora."

 
Martha Medeiros
  


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Homem-Aranha


Há duas semanas eu fui assistir ao Espetacular Homem-Aranha. Acho que já falei aqui que ele é o meu super herói preferido. Por N motivos. O principal é justamente pelo fato de ele ser um cara comum. Sem o esteriótipo de herói. Ele é fraco. É humano. Sensível. Inteligente. E claro, um gatinho. O 'gatinho' foi só para descontrair. O primeiro filme lançado pela Marvel, foi em 2002. Eu tinha 16 anos quando fui ver Tobey Maguire interpretar o carinha no cinema. Amei! E adorei a sequência que terminou em 2005. Fui uma das que ficou indignada com a troca de ator para o papel principal. Primeiro, por que achei muito cedo contar novamente essa estória. E também por que não conseguia imaginar outro cara sendo o homem-aranha. Resisti em ir ver no cinema. Só fui por que Elvis, meu primo, comprou os ingressos antecipados. Não podia dizer não. Fui resistente e decidida a não gostar. Não entendia o título 'Espetacular'. Achei tão pretensioso! Mas aí, o que aconteceu? Quebrei a cara. E eu confesso que adoro quando isso acontece. Adoro quando sou surpreendida. O filme é realmente espetacular. Não, o filme não. O Homem-Aranha. Por que, sei lá. O filme não teria como ser ruim. Super bem feito. Com grande investimento. Digno de filmes da Marvel. Até aí, não me surpreendem os efeitos. Mas posso dizer que achei o 3D muito bem usado. Sem exageros. O filme tem diálogos inteligentes. Humor na medida certa. São muito boas as cenas em que Peter ainda não sabe usar sua força e começa a quebrar tudo dentro do metrô. É legal a forma com que ele desenha sua roupa. Ah, a roupa! Outro ponto que merece uma boa observação. Ela vai se desgastando ao longo do filme. O que dá um tom de realidade (se é que é possível) às cenas. O filme é instigante, pois ele deixa claro que haverá continuação. Ainda temos muito para acompanhar o desenrolar de Peter Parker em busca de sua verdadeira história. O mistério que envolve o desaparecimento dos seus pais. Tem emoção. A cena em que o tio Ben morre, é de partir o coração. Mais uma vez. O casal central é uma fofura! A mocinha foge de ser o mulherão que todos os homens querem. Ela é uma mulher moderna e muito inteligente. E Peter? Ah, vai! Ele ganhou minha simpatia. Andrew Garfield está espetacular no papel principal. Quem ainda não foi ver, deve ir. E fica aquela vontade de ver o segundo filme dessa trilogia. O adjetivo a ser usado é aquele mesmo que eu julguei pretensioso. Espetacular.

Gabi
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Eu me dei mais do que você queria...


Recife Antigo


Fui encontrar Aninha e Charline na Livraria Cultura. Nos conhecemos há quatro anos, quando trabalhamos no Programa Escola Aberta. Fazia muito tempo que não nos víamos. Esse encontro veio na hora certa. No momento em que eu mais precisava estar perto de alguém. Andamos um pouco pelo bairro do Recife Antigo. E conversamos muito. Claro que o assunto mais comentado foi 'mudanças'. As de Charline, que visualmente é outra e a minha, que eu nem precisei falar. Elas logo comentaram. Me vi muito no que Charline falou sobre sua mudança. Criada muito presa, não curtiu muito a adolescência, sob os cuidados rígidos do pai militar e da religião. Após a entrada na faculdade, resolveu chutar o pau da barraca e assumir sua personalidade. Eu achei o máximo. Minhas mudanças foram mais internas, achei que não fossem visíveis. Porém as meninas perceberam. Enrolei um pouco, preferi falar por alto. Mas já marcamos outro encontro. Nesse, não vai rolar conversa. Será no meu níver mesmo. É pra dançar! Vou deixar umas fotos aqui.


Está rolando uma exposição na Torre Malakoff  em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga. Vale ir conferir. Além das xilogravuras e das pinturas nas paredes, o que mais me chamou a atenção foi a maquete da feira de Caruaru. Fiquei encantada com tamanha perfeição dos detalhes.


Abaixo, obra de Brennand exposta próximo à Praça do Marco Zero.


Meus pés sobre o passado. Eu já havia visto as ruínas das antigas muralhas que protegiam a cidade de Recife, na época em que ainda era colônia Portuguesa, mas hoje pude ficar assim, em cima. Essa é a visão que temos ao entrar no Centro Cultural da Caixa Econômica. O piso é todo de vidro. 


Prontinho. Foi isso. Fico por aqui, mais aliviada ao ter escrito tudo o que me apertava o coração. Mas confesso que ainda estou meio sem chão. Tentando entender o que aconteceu. Enquanto isso, fico na minha. Respeitando o meu tempo. O meu silêncio. Que essa, seja uma semana mais fácil.

Gabi

domingo, 15 de julho de 2012

E há tanto pra viver...


(...)Mas não sou completa, não. Completa lembra realizada. Realizada é acabada. Acabada é o que não se renova a cada instante da vida e do mundo. Eu vivo me completando... Mas falta um bocado. [Clarice Lispector]

sábado, 14 de julho de 2012

Em paz com o mundo e comigo...



Uma saudade momentânea do Mar.
Depois passa.
Sempre passa.





Gabi

Para ser cantada...





Felizes são aquelas cujos nomes inspiraram canções. 


Adoro música e acho o máximo quando ouço uma com o nome de mulher. 
Fico imaginando quando é que um compositor fará uma música com título Gabriele. 
Na verdade, nem precisava ser o título. Eu juro que me contentaria com o refrão. 
Mas parece que não há rimas com meu nome. 

Se eu me chamasse Luciana, teria uma canção só para mim. 
Carla foi amada como jamais um outro alguém vai amá-la. 
E Jéssica? Todos sabem que esse é o nome dela! 
Tom Jobim guardou sete mil amores somente para dar a Luiza. 
Lígia, Lily, Rita, Rosa, Ana, Angélica, Nina, Nancy, Geni, Bárbara, Cecília, Terezinha e Yolanda, todas foram literalmente cantadas por Chico Buarque. 
E o que acontece com Gabriele? 
Cadê a criatividade dos caras que escrevem? 
Eu quero uma música pra mim! 
Não precisa virar tema de novela. Pode até ser um pagode, ainda que tosco, tipo aquele em que Juliana não quer sambar. 
Ah, mas Carolina é uma menina bem difícil de esquecer, a ponto de Seu Jorge fazer um samba bonito e clamar: Carol, Carol, Carol... 
Ângela virou um lindo negro anjo, na voz de Neguinho da Beija-Flor. 
Cauby lembra muito bem de Conceição.
E aquela que não tinha a menor vaidade? Amélia! Sim, ela era mulher de verdade. 
Mas eu também sou... 
Nem em 2345MEIA78 onde Gabriel, O Pensador usa o alfabeto inteiro para falar de mulher, tem meu nome. 
Quando chega na letra G, ele chama a dona Guta. 
Putz! 
Roberto Carlos fez música para a mulher pequena, a mulher de 40 e até para as gordinhas. 
Cadê a de mulheres de 20 e poucos? Mulheres altas? Mulheres magras? Assim fica difícil, não é? 
Tá, Lenine fez uma linda chamada Magra. 
Mas eu quero uma que fale o meu nome, nem que seja no fim da canção. 
E nem venham me falar de Gabriela, por que essa me irrita. Sempre Gabriela! 
Não dá no mesmo, não. A última letra difere e muito. 
Jorge Vercillo compôs Ventania e no refrão fala para Gabi que não há nada no mundo que tire dele o amor que sente por ela. 
Mas Gabi, não é Gabriele. Não.

Felizes são as Camilas, Belas, Cristinas, Marias, Madalenas, Florentinas, Kátias Flávias, Mônicas... 
Queria uma música com meu nome. 
Para ser cantada. Para ser lembrada. Para ser eternizada.
Para que ele sempre que ouvisse, lembrasse de mim.

Gabi


08 de Março/2010

segunda-feira, 9 de julho de 2012

E a gente segue em frente...

 
Acho que cheguei a fase da TPA. É o termo usado por Pri, para falar o período que antecede o aniversário. Não tem nada a ver com TPM. A gente não fica chato, dando patada nos outros. Mas causa um conflito de sentimentos que cabe a você pô-los em ordem. É o momento de reclusão, em que a gente tenta organizar essa bagunça e reflete sobre aquilo que está encasquetando há algum tempo. E não é você quem determina quando vai começar. Acontece! Assim, do nada. Minha TPA começou assim que Julho chegou. Estranhei. Normalmente fico assim quando falta uma semana pra chegar Agosto. Bem, como eu disse, a gente não escolhe. Acontece e puf! Veio meio que uma avalanche de sentimentos. Dúvidas. Contradições. Medos. Eu preferi me isolar um pouquinho para não incomodar os outros. Até por que a TPA é minha, rs. Fui muito rude com Anne na semana passada, conversamos e ela entendeu. Não gosto de deixar as coisas soltas assim. Ainda saí com Elvis, fomos ver O Espetacular Homem Aranha (preciso de um post para falar a minha opinião sobre o filme) e saí com Ádila e Carla, fomos comer sushi no Nirai. Foram bons momentos, onde pudemos conversar muito, rir muito, falar sério muito e combinar a comemoração do meu níver no MPBar, todos querem dançar e eu também... Estudei um pouco, mas da minha forma. Com meus livros. Putz! Comprei um curso pela internet e não estou conseguindo acessar com meu login. Até enviei um e-mail ao administrador. Estou esperando a resposta. Aproveitei o sábado para ler e no domingo, fui ao chá de bebê de Carol, esposa de Junior, amigo da época do Senai. Voltei de lá tão feliz! Reencontrar Junior foi a melhor coisa que poderia acontecer agora. Conversamos tanto! E foi através desse encontro que voltei para casa pensando... Fui assistir um pouco do programa Direção Espiritual, apresentado pelo Padre Fábio de Melo. Busquei no Youtube qualquer vídeo do programa e o primeiro que apareceu foi um cujo o tema era 'Apego e Amor'. Em um determinado momento, Fábio fala sobre essa coisa errada que fazemos ao nos apegar, até mesmo em uma amizade. Em não fazer do outro a nossa necessidade de ser feliz. E pior, atribuir ao outro a responsabilidade de cuidar de você. Existem limites que devem ser respeitados! Respeitar o espaço do outro. E isso era tudo o que não vinha fazendo. Foi meu momento de redenção. Minha vontade era ligar e pedir perdão, sabe? Nem me deu vergonha, me deu apenas uma vontade de pedir desculpas por ter agido dessa forma. Não liguei, claro. Já era tarde. Mas enviei um e-mail e abri meu coração. Me senti tão mais leve. Minha amizade com Junior era de uma dependência ao ponto de não conseguir atravessar a rua sem ele. Eu falei atravessar a rua. Lembro de ter atravessado sozinha um certo dia, e um aluno que estava em minha frente, foi afoito e passou antes do sinal fechar. Foi atropelado e eu fiquei lá chorando enquanto o via falecer na estrada. Não esqueço dessa cena. A partir daquele dia, eu só passava para o outro lado, se Junior passasse comigo. Segurando na mão. E eu tinha 22 anos. O curso acabou e eu fui trabalhar. Precisei deixar o meu medo de lado e atravessar a rua sozinha. Mais do que isso. Fui trabalhar no metrô, onde eu precisava atravessar à via. Aí vários medos tiveram que ficar em segundo plano. Hoje em dia eu já sou até meio desligada no trânsito. Até demais... 
 
O que quero dizer é que nenhuma forma de dependência gera crescimento. Pelo contrário. Te paralisa. A amizade deve ser algo que te deixa bem e livre. O apego te aprisiona. Acho que demorei muito para aprender. Mas aprendi. E esse erro, não será mais repetido. Disso eu tenho certeza. Talvez não haja mais oportunidade de voltar atrás, na verdade, nada volta. Mas a partir de agora, tudo será diferente. E eu só agradeço a Deus por ter falado comigo mais uma vez através das palavras do Padre. 

Em um dos momentos, Junior falou que queria que suas filhas fossem iguais a mim. E agora eu digo que eu quero é que elas sejam melhores. Bem melhores do que eu.


Gabi

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Podando o meu jardim

Por incrível que pareça, ainda há quem me surpreenda. Hoje eu vi uma solicitação de amizade no Face e nem acreditei... Mas, beleza. Por enquanto vai ficar ali, pendente. Talvez um dia eu aceite. Por enquanto não. Se foi ele o motivo pelo qual eu me afastei de lá, como vou aceitá-lo novamente? Ah não, agora não. Ultimamente ele anda ligando muito, tentando explicar algo que não tem explicação. Errou, mentiu, foi feio. Eu também erro e me arrependo, mas não é esse o caso. Putz! Estou aqui, na minha, estudando direitinho, procurando o meu melhor... E é assim que vai ser o resto do ano. Não abro mão das pessoas que eu amo e que já fazem parte de mim. Pessoas com as quais eu preciso estar em contato, eu necessito! E vou fazer o possível para não perdê-las. E é só isso o que eu quero. O que me fez mal, eu passo adiante. Quero que venha o novo, sim. Mas não deixarei o que é 'velho'. Não troco pessoas. Porém não vou repetir o que foi erro. E no caso, eu nem errei. Eu simplesmente não sabia. Mais uma vez fui boba e acreditei... 


Durante à noite, vi uma mensagem da minha prima, dizendo não estar bem e sentindo-se só. Conversamos um pouco e por um minuto questionei essa solidão, pois sempre a vejo tão acompanhada. Com tanta gente. E ela falou que era tudo vazio. E nessa, falei algo que eu acredito. Falei que não busco muitas amizades. É natural que com o passar do tempo eu venha a conhecer novas pessoas, vai acontecer. Fato. Porém, não quero mais me entregar e chamar de amigo. Tá bom assim. Do jeito que está. Os cinco que eu tenho são suficientes para a minha felicidade. Prefiro cuidar desses que estão comigo, mesmo que estejam distantes fisicamente. Mesmo que não estejamos juntos todos os dias. São esses os que eu posso contar, que eu posso ligar nem que seja só para ouvir a voz e saber como está ou mandar um e-mail. E é isso. Não estou me fechando. Só não vou reviver o que só me fez mal. Não recusei a solicitação de amizade. Apenas deixei pendente. Por enquanto.

Gabi

terça-feira, 3 de julho de 2012

Prefiro ser...




Eu sou uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso. Eu tenho cara de menina mimada, um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura. Eu reflito lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista. Eu sou intensa e tenho mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro de mim existe um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Eu tenho aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna. ;)

Poética




De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.




Vinícius de Moraes

Coração tamanho único

(...)
Você chegou no meu mundo ao contrário, me olhou bonito e entendeu o meu não-entender. Foi então que eu percebi: Meu coração é do tamanho da minha palavra.



Fernanda Mello


Se fosse só sentir saudade... ♫




Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão... E foi.



Gosto de opostos

Eu sou uma eterna apaixonada por palavras. Música. E pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono. Gosto de quem mete a cara, arrisca o verso, desafia a vida. Tem muita coisa dentro de você? Então jogue essa porra de identidade fora e senta aqui.

Fernanda Mello


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Deixa eu brincar de ser feliz ♫


Comecei o segundo semestre de 2012 na maior fé de que tudo ficaria melhor. Odeio essa onda de otimismo exacerbado que por vezes me acomete, mas foi assim que comecei. Pois bem, dei com os burros n`água. Junho foi o mês mais chatinho do ano. Pelo menos foi assim que eu o enxerguei no momento em que as coisas iam acontecendo. Daí fiquei matutando comigo, querendo que Julho fosse diferente, por que realmente para mim, o segundo semestre de todos os anos é sempre melhor que o primeiro. É quando fico mais velha, é quando começa um novo ciclo da minha vida, é quando faço planos de como será o meu novo ano... Queria um sinal de algo bom. Quis! E veio. Veio em forma de Junior Lima. Julho começou perfeito, relembrando momentos da minha vida que passaram pela minha mente como flash´s. É inevitável, são 22 anos de amor... Não é fanatismo barato. É um sentimento bonito por um cara que nem sabe que eu existo! Mas que indiretamente esteve e está presente em vários acontecimentos da minha vida. Infância, adolescência e agora. Por mais que eu busque palavras para tentar definir isso, não as encontro. Por isso, prefiro deixar em foto o registro de mais um encontro. A paixonite de infância que dura 22 anos. E é muito bom admirar um artista que além de talento (gostem ou não, ele é um puta músico) tem toda simplicidade e não tem estrelismo. É gente. Normal. Comum. Porém, é Junior. E é o meu primeiro amor...

E quanto ao mês de Junho? Bem, esse se foi e agora consigo enxergar melhor o que aconteceu. Sem dramas. Foi um mês punk, que exigiu muito de mim. Que forçou a minha maturidade para encarar os fatos. E confesso que não foi nada fácil. Tanto no trabalho, quanto na vida pessoal e talvez até sentimental. Se em Maio, meu medo de perder a companhia de alguém me fez agir daquela forma desesperada, em Junho, fui forçada a aceitar que eu estava sobrando. Doeu até o estômago. Mas agora passou. Sinto uma falta danada, uma saudade... Mas certa de que encerrou-se um ciclo. E um novo há de começar. Então, deixa eu brincar de ser feliz! Deixa eu acreditar no bom sinal que recebi. Deixa eu passar minhas duas semanas com a cabeça em outro lugar, com bons pensamentos. Deixa? 

Pois seja muito bem-vindo, Julho. Seja doce. Seja calmo. Seja louco. Seja intenso. Seja verdadeiro. Traga-me sorrisos. Traga-me aventuras. Seja doce, como Caio sempre desejou. Do jeito que eu também desejo.

Gabi