Fui encontrar Aninha e Charline na Livraria Cultura. Nos conhecemos há quatro anos, quando trabalhamos no Programa Escola Aberta. Fazia muito tempo que não nos víamos. Esse encontro veio na hora certa. No momento em que eu mais precisava estar perto de alguém. Andamos um pouco pelo bairro do Recife Antigo. E conversamos muito. Claro que o assunto mais comentado foi 'mudanças'. As de Charline, que visualmente é outra e a minha, que eu nem precisei falar. Elas logo comentaram. Me vi muito no que Charline falou sobre sua mudança. Criada muito presa, não curtiu muito a adolescência, sob os cuidados rígidos do pai militar e da religião. Após a entrada na faculdade, resolveu chutar o pau da barraca e assumir sua personalidade. Eu achei o máximo. Minhas mudanças foram mais internas, achei que não fossem visíveis. Porém as meninas perceberam. Enrolei um pouco, preferi falar por alto. Mas já marcamos outro encontro. Nesse, não vai rolar conversa. Será no meu níver mesmo. É pra dançar! Vou deixar umas fotos aqui.
Está rolando uma exposição na Torre Malakoff em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga. Vale ir conferir. Além das xilogravuras e das pinturas nas paredes, o que mais me chamou a atenção foi a maquete da feira de Caruaru. Fiquei encantada com tamanha perfeição dos detalhes.
Abaixo, obra de Brennand exposta próximo à Praça do Marco Zero.
Meus pés sobre o passado. Eu já havia visto as ruínas das antigas muralhas que protegiam a cidade de Recife, na época em que ainda era colônia Portuguesa, mas hoje pude ficar assim, em cima. Essa é a visão que temos ao entrar no Centro Cultural da Caixa Econômica. O piso é todo de vidro.
Prontinho. Foi isso. Fico por aqui, mais aliviada ao ter escrito tudo o que me apertava o coração. Mas confesso que ainda estou meio sem chão. Tentando entender o que aconteceu. Enquanto isso, fico na minha. Respeitando o meu tempo. O meu silêncio. Que essa, seja uma semana mais fácil.
Gabi




