segunda-feira, 12 de março de 2012

Não vou mudar...



"Eu sou criança. E vou crescer assim.
Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores.
O simples me faz rir, o complicado me aborrece.
O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funciona o fax.
Verdade seja dita: entender, eu entendo.
Mas não faz diferença, os dias passam rápido, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, ninguém sabe ao certo quem descobriu a cor. (Têm coisas que não precisam ser explicadas. Pelo menos para mim).
Tenho um coração maior do que eu, nunca sei a minha altura, tenho o tamanho de um sonho. 
E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada).
(...) Tenho medo de Jornal Nacional, de lagartixa branca, de maionese vencida, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim.
Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos dormem e acordam, nunca sei a hora certa. 
Mas uma coisa eu digo: eu não páro.
Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como.
E vou.
Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo.
Sempre questiono se você está feliz, se eu estou bonita, se eu vou ganhar estrelinha, se eu posso levar pra casa, se eu posso te levar pra mim. (...)"


Gosto de ler os textos de Fernanda Mello e Tati Bernardi, elas são as queridinhas das redes sociais e de todas as mulheres. Elas tem palavras certas para todos os momentos. E eu sempre me identifico.
Mas se eu tivesse que escolher apenas um texto para me definir, escolheria esse que está no vídeo.
Já publiquei o final do texto aqui: Crescer ! (?)
Deixo agora o início e o vídeo (completo).
Ela conseguiu, com suas palavras, definir muito do que sou e o que sinto e não consigo transcrever para o papel.
Criança.

Vale ver o vídeo.


Gabi