Estou lendo Martha Medeiros. Hoje a crônica foi sobre a forma como Deus se faz presente em nossas vidas. E na minha, como é que ele aparece? Penso que Deus esteja o tempo todo conosco. O tempo todo. Mas há uma hora que dá aquele estalo. Que é quando o sentimos mais perto. Fiquei pensando cá com meus botões... Lembro de que a minha frase ao assistir à chegada da minha sobrinha Paloma ao mundo, foi a seguinte: "Me senti mais perto de Deus." Não achei outra definição. Também sinto sua presença quando vou à praia. Quando vejo o mar. Quando me desconecto desse mundo e me plugo no Dele. Acho que se Deus tivesse cor, ele seria da cor do mar. O mistério das águas. O indo e vindo das ondas. As mudanças. As incertezas. A grandeza. A beleza. A profundidade. A paz. É tudo tão Ele. Naquele momento, nada tira meu sossego. Consigo ter as minhas melhores reflexões. Não gosto de ir à praia para me bronzear. Até por que isso, eu já fiz tanto quando era mais nova. Gosto de ir para sentir a areia nos meus pés. Sentar e ficar ali pensando. Não há terapia melhor. E agora me pergunto como é que estou há quatro anos sem ir lá? É, vai entender. Mas encontro com o Cara várias vezes. Não só na igreja. No templo. Encontro com Ele quando vejo minhas sobrinhas sorrirem, quando elas me abraçam espontaneamente. Na minha família. Quando uma borboleta fica me rodeando... Quando vejo um olhar sincero. Quando ganho um amigo. Quando converso com Ele. Como eu disse, Deus está aqui o tempo todo. Mas sempre escolhe um momento para que a gente o perceba.
E eu posso chamá-lo de cara sem me explicar. Ele me entende.
Que essa semana seja menos punk. E mais doce.
Gabi
