segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dez!


Ontem fui ao show de Jorge Vercillo. A abertura foi feita pelo cantor e compositor Nando Cordel. Pela primeira vez, assisti a um show do pernambucano e fiquei encantada com o que vi. Grandes músicas, que foram sucessos nas vozes de grandes intérpretes brasileiros, foram cantadas por ele e por todos, como um grande coral. Houve ainda uma homenagem a Gonzagão. Lindo demais. Já o show de Vercillo, nem tenho mais o que dizer. Foi o meu décimo show. E pela décima vez, me vejo arrepiar ao ouvir sua interpretação para Fênix. A canção que fala em 'renascer das cinzas' caiu perfeitamente no assunto que ele tanto gosta de frisar: O amor e cuidado pelo nosso Planeta Terra. Eu parei tudo apenas para ouvir. E pela segunda vez, Jorge cantou 'Oração Yoshua', outra letra perfeita, como diz o título, é uma oração que faz os olhos marejarem ao ouvir sua voz clamar aquelas palavras, que mais parecem poesias... Foi uma noite mágica. Pela décima vez. E volto para casa com o plano da minha próxima tatuagem. Será uma frase de uma música de Jorge, chamada Memória do Prazer. É a frase que eu mais repito e que fala muito para mim. Simples: "E há tanto pra viver..."

Aproveitei o momento 'balada' para dançar ao som de suas músicas mais agitadas, aí eu já havia saído da mesa e ficado em frente ao palco, como ele faz questão de chamar a todos para dançar. É o momento de fechar os olhos e esquecer o que está por perto. Só dançar! E eu voltei para casa derretendo de suor. Renovada. Pronta para a próxima...

E a próxima, foi hoje. Cinema com primos e amigos para assistir ao filme 'Os Vingadores'. Maravilhoso. Eu já quero ir novamente. Saí da sala apaixonada pelo humor sarcástico do Homem de Ferro e encantada pelo Hulk. Como é bom sair da realidade um pouco e embarcar numa aventura repleta de ação e com ótimos diálogos, bem humorados. Vale ir. Os efeitos são lindos e ver os heróis ali, juntos pelo bem da humanidade, é demais. Clássico. Ah! Vi o cartaz das próximas estreias e uma delas é a do filme estrelado por Johnny Deep. 'O Diário de um Jornalista bêbado'. Já me interessei em ir. Os filmes de Deep são sempre muito bons. E ele? Ah... É ele. Hum, também vi o trailer do Homem Aranha. Esse é o meu super-herói preferido. Apesar de não ser mais interpretado por Tobey Maguire, o filme vai ser muito bom! Vai mostrar sua verdadeira origem. Será a busca de Peter Parker por sua história. Como já disse, é o meu super-herói preferido, pois é o cara mais humano que já vi. Sensível... Frágil. Até descobrir seus super-poderes e aprender a usá-los. Mais um filme que eu não posso perder. 



E amanhã, a última Segunda-feira de Abril. O último dia do mês. 

Que seja doce!

E feriado, se acanhe não... Se achegue!


Gabi

Sempre



Pra você eu digo sim, quero, posso, gosto, vem....


É ir em frente...





Um dia a gente acorda, os livros nos acordam, um anjo nos acorda, e somos avisados: 
Não adianta mais olhar para trás. 
É ir em frente ou nada. 


- Martha Medeiros -

Questão de escolha...





O caminho que eu escolhi é o do amor. Não importam as dores, as angústias... Nem as decepções que vou ter que encarar. Escolhi ser verdadeiro. No meu caminho, o abraço é apertado. O aperto de mão é sincero. Por isso, não estranhe a minha maneira de sorrir. De te desejar o bem.

Eu sou aquela pessoa que acredita no bem. Que vive no bem e que anseia o bem. Por isso, não estranhe se eu te abraçar bem apertado. Mesmo que seja só em pensamento. Se eu me emocionar com a sua história. Se eu chorar junto com você. Afinal de contas, somos gente e gente que fez a opção pelo bem. É assim que eu enxergo a vida. E é só assim que eu acredito que valha a pena viver. Viver com emoção, com verdade e com amor....

Paulo Roberto Gaefek 

#CFA



E se é verdade que o tempo não volta, também deveria ser verdade que os amigos não se perdem.






— Caio Fernando Abreu




Quando ela se afastou e sussurrou “senti sua falta” parecia que eu estava inteiro, de novo, depois de passar um ano pela metade.

— Querido John

Ou não...



Gosto de palavras na cara. 
De frases que doem. 
De verdade ditas, benditas!
Sou prática em determinadas questões: ou você quer ou não.

Fernanda Mello


No país das maravilhas...




Tem coisa melhor do que estar com alguém que te faz rir o tempo todo? 
Aquela pessoa que tem “aquela coisa que você não sabe explicar” que faz você não querer sair de perto dela nunca mais.




— Brena Braz

E eu agradeço...




Quando eu deixei de olhar tão ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o que eu tinha, descobri que de verdade, há muito mais a agradecer do que a pedir.


Ana Jácomo

O sorriso é a maquiagem mais bonita que a mulher pode ter...



sexta-feira, 27 de abril de 2012

#mimimi



Perdi a hora de acordar. Nem painho, nem despertador. Nada conseguiu me tirar da cama às 05h20. Acordei às 05h48. Pulei e fui direto tomar banho. Não sei como, mas às 06h40 eu já estava na estação de ENG. Também nem me arrumei para sair. Vesti um jeans, com um blusão preto, fiz um rabo-de-cavalo e nem passei meu lápis nos olhos. Somente o protetor solar no rosto e o óculos para disfarçar as olheiras causadas por uma noite mal dormida, com cólicas. Mas passou e eu fui trabalhar, na boa. Estava ansiosa para largar logo, eu queria muito ir na Livraria buscar as minhas encomendas. Dito e feito. Saí do escritório às 15h15 para resolver uma parte burocrática do plano de saúde de um funcionário (ah, recebi minha farda!) e deu tempo passar na Cultura. Peguei meus livros. Agora só preciso organizar meus horários de leitura. De Segunda à Sexta eu trabalho e chego em casa às 19h20. Durante à noite, estou conseguindo estudar pela internet mesmo. Aí só tenho os sábados e domingos para me dedicar ao hábito da leitura, que tanto gosto. Na próxima semana eu começo a fazer isso, já que amanhã vou para casa de Dani, curtir as minhas pequenas e à noite tem o show de Vercillo. 



Domingo vou pegar um cineminha com meus primos e Pedroca. Vamos ver Os Vingadores. Parece ser uma boa pedida para esse dia. E eu quero mesmo sair e conversar um pouco com ele. Aproveitar os últimos momentos, já que no final de Maio Pedróvsky vai cair no mundo (como ele costuma dizer). E ele está certo... Eu bem queria sair assim, me jogar na vida um pouco. Me desligar desse mundo e conhecer um outro, novo. Mas agora não dá, sem $$$. Eu já disse que quero aprender a dirigir? É para 2013. Não sei, só sei que me deu essa vontade. Acho sinônimo de independência e liberdade. Até um dia desse, essa hipótese nem passava pela minha cabeça. Era totalmente descartada. Eu achava que 'meu marido' pudesse fazer isso por mim. Sei lá, comecei a mudar quando parei para pensar que não quero depender de homem para nada. Muito menos para decidir a minha direção, literalmente. Vou começar a fazer jus às minhas tattoos, minhas borboletas. Liberdade. Transformação.

E assim passou mais uma Sexta-feira. A última do mês de Abril. E eu fiz o que minhas amigas falaram para não fazer: Ligar. Ah, droga! Eu não gosto desses joguinhos. Nesse ponto eu não sei ser mulherzinha, fingir ignorar e ficar esperando que ele ligue. Eu não! Se tenho vontade, vou lá e faço. E ligo. Mesmo que eu quebre a cara, como aconteceu hoje. É que comigo é assim. Eu preciso viver para aprender. Não adianta me dizer o contrário. Eu faço. E fiz. E liguei. Queria continuar aquela conversa, que não terminamos ontem... Mas senti um M.. distante. Frio. Sem vontade de falar. Aí depois que desligo, percebo que meti os pés pelas mãos de novo. Porra! Por que as coisas não podem ser como eram antes? Até um tempo desse conversávamos normalmente. Falávamos sobre as nossas vidas. Por que agora ele mudou? E depois ainda diz que é coisa da minha cabeça. E não é! Está mudado comigo. Eu não liguei para cobrar nada. Queria saber como foi a viagem! Se era à trabalho ou para descansar com a família. Por que me preocupo com sua falta de tempo, por que sei que ele precisa de férias, de descanso... Não estava interessada em saber se ele 'pegou' alguém nesses dias. Não me interessa em saber a verdade. Até por que, não é da minha conta. Eu só queria saber se ele estava bem... Simples, não? E também queria saber que, se a viagem foi à passeio, por que desligou o telefone na minha cara duas vezes? Nem deu tempo perguntar, ele se despediu antes de mim.

Essa conversa fez com que eu me sentisse um peso na vida dele. Peso esse que ele não precisa carregar, por que agora vou me afastar. Eu só queria meu amigo de volta. E essa foi a minha última tentativa. E se fui na Livraria, é por que fui buscar tudo o que encomendei para dá-lo de presente. Nem sei... Do jeito que a coisa vai, nem sei se vai querer receber o que tenho para dar. Mas, ok. Agora aprendi. A partir de hoje não ligo, não mando SMS e não puxo assunto no face, nem no msn. O dia em que ele quiser falar, estarei ON. Como sempre estou. 

Se foi esse o fim que ele escolheu. Assim será. Serei passiva, como sempre. Pois já fiz a minha parte. Já lutei pela sobrevivência da nossa amizade. Mas uma relação, seja ela qual for, precisa ser correspondida. Quando não é, já não existe. E a nossa deixou de existir faz tempo. Só hoje é que caí na real. E desejo que um dia ele encontre uma amiga que o olhe como eu já o olhei, com todo aquele brilho no olhar, com toda admiração, com todo o carinho. Não foi só tesão. Foi gostar. Foi querer bem. Foi torcer pelo seu sucesso. Pelas suas vitórias. Foi gratidão pelo bem que me fez. Foi amizade. De verdade.

Foi.


Frase da noite: "Se só você procura, o que era para ser encontro vira perseguição" - Elenita

Gabi




Mas agora ao telefone, tão distante eu lhe senti...

Tranquilex

Acabei de assistir a atuação de Sandy na Série As Brasileiras. No episódio 'A Reacionária do Pantanal'. Muito digna. E me surpreendeu como atriz, acho que é a primeira vez que ela interpreta alguém com a personalidade bem diferente da dela. Foi lindo vê-la atuar e ficar nos TT´s mundiais do Twitter. Mereceu. Arrasou. 


Agora posso ir dormir e feliz, amanhã é Sexta-feira! \o/ 
Ah, os amigos querem um dia em Porto (praia que ainda não conheço) para jogar conversa fora e fazer a despedida de Pedro. Acho que vai rolar, sim... Ai, Maio... Chegue logo, seu fofo!


Gabi

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sair um pouco mais...



Ouvi essa música hoje, do Marcelo Quintanilha e achei linda. 

O amor...


Acordei sentindo tanta cólica, acabei nem indo trabalhar. Mas acordei cedo e fiquei na sala, assistindo ao programa Mais Você da Rede Globo. Não, não aprendi nenhuma receita... É que hoje, ela fez uma entrevista com o ator Reynaldo Gianecchini. O assunto, óbvio, foi sobre o câncer que ele enfrentou recentemente. Foi emocionante. Sinônimo de talento e beleza, o ator hoje é referência de força. E eu gosto de histórias de superação, coragem e fé. 



Acredito que todos nós conhecemos alguém assim. Na minha vida, acompanhei essa doença de perto. O histórico é grande. Mas o mais próximo de mim, foi o câncer de mama que a minha tia Célia venceu dignamente. E também acompanhei a luta de Gui, que infelizmente não resistiu e veio a falecer há quase dois anos. Foram histórias com finais diferentes, porém de uma grande luta pela vida. E ainda que o final de Gui tenha sido a morte, considero o pequeno um grande vencedor. O tempo em que ele enfrentou a doença, me encheu de orgulho. Lembro de tê-lo visitado no dia das crianças, em 2010. A avó falou pertinho de seu ouvido: "Tia Gabi está aqui" e ele respirou ofegante enquanto uma lágrima descia de seus olhos. Saí de lá com o coração na mão, mas agradecida a Deus por ter me dado a honra de conviver um pouco com aquele menino...


E o relato de Gianecchini demonstra o quão Deus é maravilhoso. Ele falou sobre a morte, que deve ser encarada naturalmente por todos nós. Falou da força que surge de repente, da vontade de vencer, de viver e de aprender dentro de suas limitações. A pessoa que passa pela quimioterapia, não pode fazer planos para a próxima semana. Ela não sabe como serão as horas seguintes! Então, ela passa a viver e  a aproveitar cada segundo de sua vida. Valoriza cada momento. E aprende a se reconhecer no outro. Percebe sua limitação quanto ser humano. E o sentimento mais forte que surge, segundo o ator, é o amor. A energia que esse sentimento transmite é enorme... Eu aprendi tanto com suas palavras. Não precisamos passar por essa guerra que as pessoas diagnosticadas com câncer passam, para valorizar os segundos e amar as pessoas como se não houvesse amanhã, como diz a música da Legião Urbana, 'se você parar pra pensar, na verdade não há'. Nunca é tarde para acordar. Segue o texto que Gianecchini recebeu de uma fã e que ele leu em sua última entrevista ao programa De Frente com Gabi:

"Sorria, brinque, chore, beije, morra de amor, sinta, sonhe, grite e, acima de tudo, viva. O fim nem sempre é o final. A vida nem sempre é real. O passado nem sempre passou. O presente nem sempre ficou e o hoje nem sempre é agora. Tudo o que vai, volta. E se voltar é porque é feito de amor."

É, acho que aprendi uma receita enquanto assistia ao Mais Você.

Gabi

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sê inteiro...


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.


Odes de Ricardo Reis


Heterônimo de Fernando Pessoa




Uma boa cabeça e um bom coração formam sempre uma combinação formidável...


[Nelson Mandela]

Então vem...



Se ele tivesse atendido...







Saberia que ela começou a estudar durante à noite, em casa. Saberia como foi o seu encontro de segunda-feira. Se ele não tivesse desligado o telefone em sua cara, duas vezes, ela teria falado um pouco sobre o trabalho e perguntado sobre ele, se estava bem, se tinha novidades... Se ele tivesse atendido, ela teria falado rápido. Não iria atrapalhar o homem muito ocupado que ele é. Até arrisco dizer que se ele tivesse atendido, ela teria contado que já comprou o seu presente (ou seria no plural?) e que não soube ser nada criativa. Ela é apressada assim mesmo! É, se ele tivesse atendido, eles conversariam como sempre. Normal. Como amigos que se curtem. Mas ele não quis. E ela fica pensando naquilo que pode ter acontecido. Doente? Férias? Algum problema com os filhos? (não, Deus queira que não!)... O que aconteceu? Talvez não seja nada disso. Ele não quis falar. É simples.

Ela teria desejado um bom dia, ou uma boa noite...

.
Se ele tivesse atendido.


Gabi

No indo e vindo infinito...




É engraçada a forma com que as coisas acontecem... Digo engraçado por que estou tentando ver de um jeito mais leve, como a vida deve ser. Vou começar do começo. Conheci ele o ano passado. No carnaval. Nada de trocar telefone ou e-mail. Sabíamos apenas o nome um do outro. Sem combinarmos nada, nos reencontramos em um show e descobrimos uma amiga em comum. Ok. Dessa vez, compartilhamos nossos contatos. Saímos em Novembro do ano passado. Uma vez, só. E já nos vimos esse ano. E desde que começamos a conversar mais e nos conhecermos melhor, percebi que não rolaria algo a mais. Até postei isso uma vez aqui. Não conseguia entender, mas havia uma voz (consciência) dizendo que não era ele, O cara. E era estranho achar assim. Ele é lindo, educado, um pouco mais alto do que eu, cinco anos mais velho, trabalha... O que eu mais estava querendo da vida? Ainda assim, fui com calma. Consegui equilibrar razão e emoção. Pois já havia 'atravessado' anteriormente. Aonde vou chegar com esse post? 

Nem sei... Só sei que saímos ontem para tomar um Milk shake e conversar. Ele está indo embora, no final de Maio. Vai deixar a agência com o sócio e se jogar no mundo durante um ano. E agora eu vejo a razão que me fez parar na hora certa. Temos personalidades bastante distintas. Ele valoriza coisas que para mim não tem a menor importância. Mais um motivo para não ter me envolvido de fato. Mas eu estava gostando de ser cortejada. Ele estava sempre ali, ligando nas horas impróprias, rsrs, sempre chegava uma sms carinhosa... Ah, pô! Quem é que não gosta de um carinho? De ter alguém que pensa em você diariamente. Que liga, que quer saber como você está. É tão bom saber que alguém se preocupa com você... 

Tá, vida! Já entendi o recado. E que bom que fomos apenas bons colegas durante esse tempo. Não quero usar a palavra amigo, esse termo fica reservado para pouquíssimos. Que bom que não houve paixão da minha parte e nem nada mais sério. O carinho fica. Em tempos onde as pessoas somem sem dar notícias, desligam o celular, não retornam suas ligações e não mandam mensagem (a OI tem site para isso) nem para dizer que estão bem (e me deixa preocupada pensando o que pode ter acontecido), Pedro pelo menos se despediu, não foi embora do nada. Ele foi descente. 



Gabi

E aí?


Achei um site super legal para estudar. Enquanto fico de 'bob' na internet, aproveito para me atualizar, enquanto não faço um curso legal. É, acho que foi o saldo positivo do dia. No mais, estou com uma terrível dor de cabeça. Pensei que fosse causada pelo fato de eu não estar usando meu óculos de grau e estar sempre no PC, em casa e no trabalho. Mas agora, estou achando que é o último sinal da TPM. Estou perto de menstruar, só pode ser isso. Espero estar bem para sábado. Sim! Eu vou ao show de Jorge Vercillo! Graças a minha prima-irmã-madrinha-amiga Carla. 

E o resto vem, devagar... Aos poucos tudo vai ficando mais claro, mais limpo, mais bonito e mais doce. 

Hum... Mas estou preocupada. Nenhum sinal de vida, nenhuma ligação e eu fico pensando o que aconteceu... Não há de ser nada grave, é o que eu peço a Deus. Que Ele o proteja. Amém!

Gabi 

terça-feira, 24 de abril de 2012

Segunda-feira


Penúltima Segunda-feira do mês. Abril passou num piscar de olhos e já estamos prestes a começar o mês de Maio (um mês fofo! Das mães e da minha sobrinha, Yasmin). Então... A manhã hoje foi bem corrida, muitas coisas para fazer no trabalho. Eu prefiro assim. Depois, ficou tudo calminho de novo. À noite, eu fui encontrar Camila no Boa Vista, o shopping. Foi tão bom! Pouquíssimo tempo para conhecer (pessoalmente) alguém e já foi noite de despedida. Camila viaja dia 30 de Abril para Sampa. Enquanto ela não chegava, fiquei olhando os livros na Americanas. O que me chamou atenção foi um escrito por Pe. Fábio de Melo: "Tempo de Esperas". Li até a página 67 e já quero um exemplar. Preciso terminar a leitura. É tão interessante! Até por que, me identifiquei muito. Deixa ver se eu consigo descrever de forma rápida, seu enredo. Vamos lá.

O livro é sobre a comunicação (através de cartas) entre dois personagens. Abner e Alfredo. Um é um conceituado professor de filosofia, que abandonou todo o seu reconhecimento, pela vida simples. O outro, é um jovem estudante de filosofia, cheio de ambição, que sonha em ter aquilo que o professor veio a abandonar. O livro é todo baseado nas cartas em que os dois personagens se correspondem. O jovem, cheios de dúvidas e o professor, argumentando com respostas que nos faz pensar. Propondo-nos a uma reflexão muito intensa. É como se fosse o encontro do passado e do futuro, ali no presente. Achei brilhante a ideia que inspirou Fábio de Melo ao escrevê-lo. Como eu disse, parei na página 67. E quero muito saber como é que termina essa estória. 

Eu me vi tanto nesse estudante, que tem sonhos, que busca ser alguém, mas que se perde no caminho e acaba não aproveitando a vida. Há um trecho da carta, em que o professor fala: "Meu caro, Alfredo. Por que insiste tanto em querer a finalidade de tudo? Não sofra tanto de juventude! Cuidado para não transformar sua inteligência num instrumento de medidas. Nem tudo na vida precisa ser meticulosamente calculado.Tudo você quer mensurar, dissecar, ter certezas. Ô meu jovem, quanto encanto está escondido na dúvida, no meio do caminho, no incerto." E ele tem toda razão! Me vi assim... Buscando respostas. Sempre quero uma explicação para tudo. E nessa busca, acabo perdendo a graça do resto. Daquilo que não pode ser explicado. Apenas vivido.

Juntos, eles estão em busca do mesmo. Compreender o tempo das esperas. E sabe outra coisa que me fez lembrar enquanto eu lia o livro? Dele. Do meu amigo. Lembrei dos nossos e-mails, em que eu contava as minhas angústias e ele respondia. Tão psicólogo. E mais uma vez, lembrei da nossa última conversa. Em que ele falava para eu deixar o vento bater no rosto, aproveitar mais o momento e parar de fazer tanta perguntas. Na hora, realmente não entendi. Depois, passou a fazer sentido. Por que ele sempre está certo? Experiência? Por que já teve a minha idade? Já passou por esses conflitos que eu de vez em quando passo? Por que já trabalhou com muitos jovens? Pode ser tudo isso. Mas às vezes ele é tão sábio, que o vi nesse personagem de Pe. Fábio. O professor de filosofia que preferiu o simples e deixou toda a glória de sua carreira para trás.

Entrou na minha lista de livros que preciso ler no segundo semestre de 2012.

Se achegue, Terça-feira!
Gabi

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O que guardei?



Toda vez que faço minha faxina semanal (que se restringe ao meu quarto e uma vez por mês no resto da casa) encontro alguma coisa antiga. É incrível como isso se prolifera assim. Sábado agora, achei um bilhete dentro de uma agenda de 2004. Agenda essa cuja a capa é a foto de Junior Lima, rs. O bilhete fora guardado por mim, no dia em que fui assistir ao filme 'Cazuza - O tempo não para'. Um carinha, dentro do ônibus, escreveu um 'você é linda, queria te conhecer. Liga pra mim nº mimimi', estava lá o número do trabalho do cara. Lembro que pensei 'esse homem é casado! Só pode!'. E, claro, não liguei. Mas guardei ali. Assim como guardava o papel do bombom, o ingresso do cinema e os recortes de frases de revistas. 

Lembro que na minha infância, eu gostava de juntar tudo o que era tralha. Além dos meus brinquedos, eu guardava bolsas velhas, dinheiro antigo, telefone quebrado, embalagem vazia de talco, perfume e shampoo, lista telefônica, cadernos, livros e muitos papéis. Minha mãe odiava isso. Mas eu, amava! Gostava de improvisar na hora da brincadeira. A página com a tabela periódica virava o teclado do meu "notebook", o dinheiro antigo do meu avô virava o salário do mês da secretária (eu). Era tanta criatividade! Eu vivia embaixo da máquina de costura da minha vó, pegava os retalhos que sobravam e os carretéis quando as linhas acabavam. Eu chegava na casa da minha avó, perguntando: 'vovó, tem alguma coisa velha?' e ela respondia: 'só tem o seu avô.' E eu sempre contra-argumentava: 'é objeto velho, não gente.' Ela achava uma graça! Vovó dizia que eu ia casar com um velho, de tanto que eu gostava de coisas antigas.


Sábado, revirando meus pertences, vi que só restaram lembranças... Ainda me vejo guardando os trecos, aí paro tudo para arrumar e tirar o que não serve mais. Materialmente falando, já não guardo mais nada da minha infância. Eu sempre doava os meus brinquedos para crianças do colégio em que minha tia é coordenadora ou na igreja. Priscila, Luan Carlos, Jéssica, Jemiares, Washington, Nino, Tânia, Tiane, Vanessa, Teca... Esses eram alguns dos nomes dos meus bonecos. Não sobrou nenhum! Yasmin ainda tem umas Xuxas que foram minhas. Ah, lembrei! Tenho o microfone da Xuxa. Está guardadinho. Eu adorava brincar de apresentadora. 

Enfim... Os melhores momentos estão guardados na minha memória. Mas ainda há duas bonequinhas de pano, que ficam na gaveta do meu criado-mudo. Apesar de tudo, ainda há muito de mim por ali...



Gabi

domingo, 22 de abril de 2012

Atravessando...




Quando a gente menos espera, aparece uma luz no fim do túnel. E uma luz de uma amizade sincera que me fez pensar, repensar, pensar de novo e de novo e de novo... Até sentir dor de cabeça. De chorar até soluçar. E depois parar, tomar um banho e sentir uma paz interior. Pensei tanto! Resultou em várias conclusões, uma para cada dúvida. Pois um assunto foi levando a outro. Fiquei cansada de pensar e de chorar. Deitei na cama, ouvi um pouquinho de música, até o sono chegar. E dormi tranquila. Acordei tarde e muito bem. Leve! 

Lembrei que não posso carregar todo o peso do mundo. Não tenho culpa do resultado da escolha das outras pessoas. Só eu posso mudar meu destino. Só eu posso viver o resultado das MINHAS escolhas. E o poder de mudar está em minhas mãos. No momento de desespero, quando eu não tinha mais ninguém para confiar e falar, escrevi um e-mail para ele. Contando tudo. Abrindo a minha vida, mais uma vez. Falei que não precisava de resposta, eu só precisava saber que ele me leu. Não sei se assim o fez, mas eu enviei. E isso mudou demais. Não tive a resposta, realmente. Mas peguei a nossa última conversa no MSN, reli. Peguei as SMS´s e reli todas. Li novamente aquelas primeiras, que ele falava que eu precisava deixar de ser essa Bibi, mimada... E devia ser Gabriele, adulta. As mensagens fizeram mais sentido. Procurei o áudio dos CD´s que ele havia me emprestado e infelizmente não estão mais aqui no PC, que foi formatado. Raiva!! 

Só sei que meu pensamento mudou. O que aconteceu foi só um desespero do momento. Passou. E aqui eu preciso de novo, agradecer. Agradecer a ele por me orientar, mesmo quando não está perto. Pois eu guardei as mensagens. E eu lembro muito bem das nossas conversas no meio do ano passado. No tempo em que ele era meu orientador profissional e acabou virando um 'consultor' para todos os casos. Ele era a minha válvula de escape. Escrever sempre foi a minha primeira válvula de escape. Escrever no meu blog principalmente. Aqui eu não sei quem o lê. Não sei o que acham do que escrevo. E é aqui que sinto total liberdade para ser eu. Sem máscaras, sem a pessoa super divertida que não tem problemas. Aqui eu posso ser tudo. Ser eu. Com TPM. Chateada com o trabalho. Com ciúme de alguém. Chateada com alguém. Com vontade de estar com alguém. Posso contar minhas vontades, meus desejos e não vai ter ninguém opinando. 

Mas às vezes eu preciso saber que alguém me leu. E esse alguém é ele. Por que era com ele que eu partilhava o que acontecia de bom e de ruim. E eu não quero perder isso. Eu quero voltar a ser quem eu era. Mas quero mudar meu jeito inseguro. Jogar longe esse medo e me jogar na vida. Eu não sei se vou quebrar a cara lá na frente. Pode ser que sim. Pode ser que não. Mas eu só vou saber, se eu arriscar. E é isso que vou fazer. Nada e nem ninguém vai roubar os meus sonhos. O que planejei para mim está aqui dentro da minha cabeça e do meu coração. Mesmo que digam que não vai dar certo, que é ilusão, ainda assim eu vou atrás. E vou.

E aí vou ter de agradecê-lo de novo. Que agora, indiretamente, me ajudou. Pois tudo o que ele já me falou, ainda ecoa aqui em meus ouvidos. E isso ninguém tira de mim. Eu guardei todas as palavras. As frases. E todo o contexto em que elas foram colocadas. 

*M... Obrigada. Mais uma vez.

Gabi

A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não...



Que seja boa essa semana que se inicia. 
   Que seja doce, como Caio gosta. E eu também.


Gabi

?




Ora, se não sou eu, quem mais vai decidir o que é bom pra mim?


— Los Hermanos

sábado, 21 de abril de 2012

Acordar



Passada a noite de sonho, chega a hora de voltar à realidade. Pois tudo continua, e a gata borralheira aqui tem tanta coisa para resolver! Ai, meu sagrado fim de semana, tudo o que eu queria agora era dormir e acordar amanhã à tarde. Dá não, né? Sábado é dia de faxina. Ao som de...??? Red Hot, Capital, Jota, Cássia Eller e termino com Sandy, pra não perder o costume. É isso, tem que animar com música para ficar mais leve...

Gabi

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Há tanta vida lá fora...



Sexta-feira. Acordo atrasada, 05h36. Corro para tomar banho e vou super rápido vestir uma roupa. Comi um pãozinho com leite, ainda queimei o dedo no forno. O metrô demorou um pouco, mas o ônibus foi rápido. Se eu não corresse, não teria entrado. Cheguei cinco pras oito. Humm, que bom!

Enquanto estava na internet, fui pesquisar sobre o significado literal da palavra MATURIDADE. É por que eu ouço tanto sobre isso! Caramba, será que sou tão infantil assim? Beleza, encontrei uma resposta que diz assim: Maturidade é o estado das pessoas ou das coisas que atingiram completo desenvolvimento. Aham? É isso mesmo? Não gostei. Atingir o completo desenvolvimento é chegar à perfeição. E eu cresci ouvindo que nada e nem ninguém é perfeito. Sei disso na prática. Somos seres humanos, limitados, em busca do nosso crescimento pessoal, profissional e espiritual. Mas nossa limitação não nos permite sermos completos. Por que assim perde-se a graça em viver. Imagina se houvesse uma idade em que atingíssemos o completo desenvolvimento? E digamos que fosse aos 57 anos. Qual vai ser o desafio dessa pessoa chegar aos 58 anos, se aos 57 ele já sabe tudo? Ah, não. Assim é chato. 

Sei, peguei o significado literal. Entendo que maturidade seja aquela fase adulta. No entanto há adultos que não são maduros. Talvez maturidade seja quando aprendemos através das nossas experiências vividas. Quando chegamos ao ponto de controlar nossa insegurança, nossos medos, anseios... Melhor interpretar e criar meu conceito conotativo da palavra. O denotativo é muito reto. Sem graça. Feio. 

Eu tenho 26 anos, cronologicamente sou adulta. Trabalho, pago as minhas contas, tenho as minhas responsabilidades, tenho cartão de crédito e sou eleitora. Olhando assim, podem dizer que sou madura? Para a minha prima de oito anos, sim. Para meu amigo de quarenta, não. Para minha amiga de vinte e sete, estamos na mesma fase. Aquela em que se está amadurecendo. Assim, no gerúndio. Está acontecendo. Estou no processo de aprendizagem. Não sei quando é que vai chegar o dia em que vou dizer: 'olhem, eu sou madura!'. Se é que essas coisas se dizem... É um aprendizado com experiências externas, que adentram em nossas vidas, transformam-nos internamente e logo, sai novamente. E quem está fora percebe. Tá, acho que entendi. Não preciso sair dizendo a todos que consegui. Que cheguei lá. 

Mas estou tentando baixar a guarda, me despir dessa armadura criada por mim em forma de proteção. E é tão difícil sair dessa redoma. Você procura a saída, às vezes ela está em sua frente, mas você não tem coragem de sair, por que tem medo do que pode acontecer lá fora. Aqui dentro é tão seguro! Aqui nada me atinge. Aí você ouve quem está de fora lhe dizer que lá tem seus perigos, mas também tem um céu azul e uma vida lhe chamando, lhe desafiando a viver! E por hora dá uma vontade imensa de abrir a porta e sair. E me jogar. Só que a redoma tem seu charme e sabe lhe chamar de volta, a redoma seduz dizendo que você pode sofrer, que dentro dela é mais fácil... E na minha insegurança, tendo a procurar algo que não me assuste, algo com a qual eu já esteja acostumada. E eu estou completamente acostumada a ter a minha vida guiada por terceiros. 

Só que aos 26 anos, estou cansada de não fazer nada. A redoma lhe protege, mas também lhe deixa estagnada. Parada. Morta. E eu aqui cheia de vida! Já estou aflita em trabalhar em algo que não exige nada de mim. Imagina aceitar viver o resto da vida assim? Não quero! Não quero ser uma profissional medíocre. Não quero ter uma vida medíocre. Não foi isso que escolhi para mim. Por que mesmo estando presa nessa coisa que deixei ser construída ao meu redor, eu sonhava. E ainda sonho. 

Eu já saí dessa proteção, às vezes acabo voltando. Mas sair é o primeiro passo. Sinto que não basta dar o primeiro passo, é preciso continuar andando. E eu vou andar. Do meu jeito, devagar, mas vou. Foi preciso alguém me encorajar, me mostrar que eu tenho capacidade. Que todos nós temos essa capacidade, é só tentar. A palavra usada foi 'arriscar'. Ainda faço meus planos, a faculdade está em primeiro lugar. Agora decidi que quero dirigir, tirar habilitação para motorista. Isso em 2013. Mas sei que até lá ainda tenho muito o que estudar para conseguir a primeira meta. É só uma questão de organização e ir atrás, só estou um pouco perdida, sem saber por onde começar. Mas eu vou achar a saída.


Ah, quanto à maturidade... Já está acontecendo a cada exigência que a vida faz de mim.


Gabi

Lembranças vão me consumir...


Confesso que quando você me beijava, por alguns segundos eu não fechava os olhos. Queria ver a sua expressão no meio do beijo porque era uma expressão diferente. Gostava de ver você me beijando, assim, bem de perto, seus olhos fechados, sua expressão inédita que eu tentava decorar, como se assim fosse mais seguro de que aquela lembrança ficaria colada no meu cérebro para sempre. Queria decorar a textura da sua pele, a impressão digital do seu rosto (por um tempo ficou marcada no meu), a lateral do seu rosto, o seu nariz, as suas marcas de expressão, as suas dobras quando você fechava bem olhos para me beijar e, no começo do beijo - eram beijos longos - tirava os óculos. Eram beijos longos. 

E assim o fiz. Já sei decorada a sua textura, suas mãos, seus lábios, sua língua, seus braços, suas costas (tão másculas), seu nariz (ah, vale um parênteses! Eu adoro o seu nariz. Logo eu, que sempre gostei de homens de nariz grande, me rendi a um pequeno e bem feitinho) seus cabelos (tão bom de tocá-los), sua pele... Eu decorei todos os detalhes.
Eu escrevo essas coisas aqui e depois fico pensando... Para mim, né? Não acho que você me leia... Não, você não me lê. Você não suporta meus e-mails, quem dirá meus posts... Mas se assim o fizesse, ficaria com o ego lá no alto de tanto que eu escrevo sobre você. Para você. Deve ser bom saber que se é a inspiração de uma aspirante a redatora (quanta pretensão!). Eu bem queria fuçar o blog de alguém e me ver nas entrelinhas. Saber que alguém pensou em mim enquanto escrevia. Você tem noção do que isso significa? Não, você não me lê, portanto não sabe. Eu ficaria toda vaidosa. Mais do que isso, eu ficaria feliz ao me ler nas palavras de alguém. Me sentiria no mínimo, especial. Escrever é algo muito pessoal. Muito íntimo. Escrever sobre alguém é despí-la do seu imaginário e torná-la eterna em palavras.
E lembrei que eu já me li! Como eu poderia esquecer dos contos? Sim, é uma outra forma. Nos contos, é tudo muito carnal. Mas não deixa de ser um texto. Acontece que eu não preciso ser tema de poema, poesia, conto ou coisa que o valha. Eu prefiro fazer. Ter a inspiração e escrever. E eu escrevo você de todas as formas. Através de lembranças dos detalhes que por vezes impregnaram em meu corpo e em minha alma. E assim o farei enquanto estiver forte em mim. Escrevo diretamente sobre você, na segunda e na terceira pessoa do singular e algumas vezes na primeira do plural. Depende. E quer saber? Não espero que você me leia (ou seria 'se leia'?), eu só preciso continuar escrevendo. Torto ou não. À minha maneira.
P.S: O primeiro parágrafo do texto é da jornalista Rosana Caiado, que escreve para o site Bolsa de Mulher. Trouxe para cá, por que achei a nossa cara. Ops, a minha cara! Ou seria a sua?
Gabi

O show de Francisco




O dia foi lento, as horas pareciam que não iam passar. Consegui chegar em casa às 19h25. Restavam apenas 20 minutos para tomar banho, vestir a roupa e me maquiar. Consegui! Fiz tudo em menos tempo, às 19h48 eu já estava  pronta para a grande noite. Cheguei ao Teatro Guararapes às 20h55. Apenas cinco minutos me separavam de Chico. Entrei no teatro, que estava lotado de fãs e admiradores de seu trabalho. Jovens, adultos e idosos dividiam o mesmo espaço. E eu ali, sozinha. Nem me importava com esse detalhe, só queria entrar logo e ficar no meu lugarzinho, esperando o moço subir ao palco.

E não demorou muito. Logo deu-se início a uma viagem no tempo. Passado e presente juntos, no mesmo momento, em forma de música e poesia. Apagaram-se as luzes, houve uma apresentação em slides dos envolvidos no show, direção, iluminação e músicos. Apenas uma luz acesa no centro do palco. E o silêncio imperou. Todos ansiosos mirando os cantos por onde ele poderia entrar. E houve uma pequena demora, mas que parecia uma eternidade. Algum problema técnico, creio eu. Bem, o homem apareceu e todos foram ao delírio. Muitos aplausos para o grande artista. Aplausos esses que viriam a se repetir quase que inesgotavelmente. Cada início e final de música, eram agraciados de fortes palmas. O pouco envolvimento de Chico com seu público foi perfeito para que houvesse um respeito e um bom comportamento de todos. Vez ou outra, ouvíamos um grito de 'lindo' ou apenas 'Chicooo'. E o público fez bonito ao cantar como que num coral, alguns dos grandes sucessos do cantor e compositor. Foram menos de duas horas de delírio, puro êxtase. Chico Buarque voltou ao palco duas vezes após o encerramento do show. 

Pessoalmente, foi de grande importância para mim. Primeiro por eu nunca ter visto tanta gente num show. Segundo por nunca ter visto um artista ser tão aplaudido. Inédito! E principalmente por que desejo esse momento desde os meus 14 anos. Foi com essa idade que eu 'conheci' Francisco Buarque de Hollanda. Sozinha. Ninguém me apresentou à sua obra. Eu achei um livro na casa dos meus avós, que contava a história do teatro brasileiro. Do início, até os anos 90, que era a década que estávamos vivendo. Isso em 1999. Eu levei para casa e li todo durante à noite. E me surpreendi ao ver se repetir tantas vezes o nome de Chico. Ora, para mim ele era apenas um cantor! Ledo engano. Ele era Chico! O músico, compositor, escritor e dramaturgo. Lá estavam os roteiros de grandes peças teatrais (Ópera do Malandro, Roda Viva e musicas de Saltimbancos) e todo o acervo da crítica da época da Ditadura. De lá, fui procurar e pedi emprestado às minhas tias a discografia dele. Pesquisei e li muito sobre sua carreira. Me apaixonei. De verdade! Nesse tempo, minhas paixões eram ele e Elis Regina. Eu sonhava em viver os Festivais da Música para vê-lo brilhar, lindo e jovem! Como eu queria ter vivido aquele tempo! Enfim, depois, fui baixando o facho, E hoje essa paixonite, virou uma grande admiração. E deixei crescer dentro de mim, essa vontade de ver um show do artista. Que só agora aconteceu.

Ele cantou as músicas do novo CD, entre elas Nina, Querido Diário e Essa Pequena (vale salientar que essa última, ele compôs inspirado em sua namorada, 36 anos mais nova. Há uma parte linda, que eu acho o máximo, quando ele diz: 'Meu tempo é curto, o tempo dela sobra... Temo que não dure muito a nossa novela, mas eu sou tão feliz com ela.') e as antigas também foram cantadas. E aí lá vai eu chorar. Em algumas, me arrepiava. Nesse cenário musical, ouvi Futuros Amantes (preferida), O Meu Amor ('eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz, meu corpo é testemunha do bem que ele me faz...'), Sob Medida ('Sou igual a você, eu nasci pra você, eu não presto! Sou bandida, sou solta na vida e sob medida pros carinhos seus, meu amigo se ajeite comigo e dê graças a Deus.'), Ana de Amsterdã, Tereza do Mar, Teresinha... Foram tantos clássicos em 1h45. A coisa mais linda e emocionante. As senhoras que sentaram do meu lado esquerdo e direito, choravam! Uma estava até com um lenço. Nunca pensei em ver algo assim. Eu vi e ouvi a sensibilidade de Chico. Ah, ponto alto para 'Geni e o Zepelim'. Foi a melhor interpretação sobre esse travesti que é julgado pela hipocrisia de uma sociedade que o apedrejou e o usou quando foi preciso. Eu acho um escândalo essa letra, retirada da peça Ópera do Malandro.

Foi assim... Ontem, 19 de Abril. Dia do Índio, de Santo Expedito (meu santo preferido) e aniversário do Rei Roberto Carlos. Quinta-feira. E eu realizei um sonho guardado há 13 anos. E ainda me encontro extasiada por tudo que ouvi e vi. Eu estava precisando de algo assim, que me surpreendesse. E vou agradecer eternamente o presente que Tetê me deu, quando comprou o ingresso. Justamente no dia em que postei aqui, dizendo sentir falta de ser filha, que precisava de um colo, um carinho, um abraço... E ganhei tudo isso através da atitude da minha tia. E eu sei que se mainha pudesse, teria feito a mesma coisa.

Fico aqui no meu post longo, que com certeza não será lido. Mas é aqui o canto onde guardo minhas lembranças, além da memória. Qualquer dia, posso ler e me sentir de volta ao teatro. Encantada por aquele moço dos olhos azuis.

Ah, Chico... 


Gabi

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Hoje é dia de Francisco


Sim! É hoje. O grande dia. 
Dormi tranquila. Acordei ainda mais feliz. Nada, nem os apertos no metrô, nem a topada enquanto corri para pegar o ônibus, nem a cara feia da mulher que sentou do meu lado, nem o atraso no trabalho, nem o dinheiro do vale-refeição que acabou, nem a resposta de e-mail que não chegou... Nada conseguiu tirar o sorriso que está estampado em meu rosto. 
Foram 13 anos de espera. E o dia chegou.


Vou ver e ouvir Francisco Buarque de Hollanda.
Nosso Chico.




Gabi

Ne me quitte pas



Com quem você estiver... Não se perde de mim!

Gabi

#2009Feelings

Um retrato que ficou...

Já estou com meu PC novamente! O cara trouxe ontem e com ele, novas fotos. Ou melhor, velhas fotos que estavam arquivadas. Aí hoje, que tive mais tempo, fui revê-las. Muitas do Senai, da minha turma, milhares de festas, baladas e shows. Várias do meu níver de 24 anos no MPBar. Essa festa marcou. Inclusive tinha muitas que não eram para estar lá, salvei agora no meu e-mail e excluí daqui, rsrs. Nada indecente. Só de beijos e abraços e... Bem, não eram para estar lá. Será que o técnico viu? Ah, problema dele. Eu estava era me divertindo e tirando o atraso do 1 ano e dois meses que fiquei só depois de Eud... É, depois dele. Enfim, passado, passado, passou! Foi bom rever as imagens. Sem nostalgia. Só uma saudadezinha das pessoas. Mas beleza, essas pessoas foram legais naquela época, para a pessoa que eu era naquele tempo. Hoje já não condizem com meu momento.

Só ficaram as mais importantes, e as que se foram, deram lugar a outras que chegaram e que eu não quero mais perder. A gente vai contabilizando e vê que são tão poucos. O critério agora é outro. São poucos, mas são os melhores. Costumo chamá-los de amigos.

#Felizdiadoamigo


Gabi