Penúltima Segunda-feira do mês. Abril passou num piscar de olhos e já estamos prestes a começar o mês de Maio (um mês fofo! Das mães e da minha sobrinha, Yasmin). Então... A manhã hoje foi bem corrida, muitas coisas para fazer no trabalho. Eu prefiro assim. Depois, ficou tudo calminho de novo. À noite, eu fui encontrar Camila no Boa Vista, o shopping. Foi tão bom! Pouquíssimo tempo para conhecer (pessoalmente) alguém e já foi noite de despedida. Camila viaja dia 30 de Abril para Sampa. Enquanto ela não chegava, fiquei olhando os livros na Americanas. O que me chamou atenção foi um escrito por Pe. Fábio de Melo: "Tempo de Esperas". Li até a página 67 e já quero um exemplar. Preciso terminar a leitura. É tão interessante! Até por que, me identifiquei muito. Deixa ver se eu consigo descrever de forma rápida, seu enredo. Vamos lá.
O livro é sobre a comunicação (através de cartas) entre dois personagens. Abner e Alfredo. Um é um conceituado professor de filosofia, que abandonou todo o seu reconhecimento, pela vida simples. O outro, é um jovem estudante de filosofia, cheio de ambição, que sonha em ter aquilo que o professor veio a abandonar. O livro é todo baseado nas cartas em que os dois personagens se correspondem. O jovem, cheios de dúvidas e o professor, argumentando com respostas que nos faz pensar. Propondo-nos a uma reflexão muito intensa. É como se fosse o encontro do passado e do futuro, ali no presente. Achei brilhante a ideia que inspirou Fábio de Melo ao escrevê-lo. Como eu disse, parei na página 67. E quero muito saber como é que termina essa estória.
Eu me vi tanto nesse estudante, que tem sonhos, que busca ser alguém, mas que se perde no caminho e acaba não aproveitando a vida. Há um trecho da carta, em que o professor fala: "Meu caro, Alfredo. Por que insiste tanto em querer a finalidade de tudo? Não sofra tanto de juventude! Cuidado para não transformar sua inteligência num instrumento de medidas. Nem tudo na vida precisa ser meticulosamente calculado.Tudo você quer mensurar, dissecar, ter certezas. Ô meu jovem, quanto encanto está escondido na dúvida, no meio do caminho, no incerto." E ele tem toda razão! Me vi assim... Buscando respostas. Sempre quero uma explicação para tudo. E nessa busca, acabo perdendo a graça do resto. Daquilo que não pode ser explicado. Apenas vivido.
Juntos, eles estão em busca do mesmo. Compreender o tempo das esperas. E sabe outra coisa que me fez lembrar enquanto eu lia o livro? Dele. Do meu amigo. Lembrei dos nossos e-mails, em que eu contava as minhas angústias e ele respondia. Tão psicólogo. E mais uma vez, lembrei da nossa última conversa. Em que ele falava para eu deixar o vento bater no rosto, aproveitar mais o momento e parar de fazer tanta perguntas. Na hora, realmente não entendi. Depois, passou a fazer sentido. Por que ele sempre está certo? Experiência? Por que já teve a minha idade? Já passou por esses conflitos que eu de vez em quando passo? Por que já trabalhou com muitos jovens? Pode ser tudo isso. Mas às vezes ele é tão sábio, que o vi nesse personagem de Pe. Fábio. O professor de filosofia que preferiu o simples e deixou toda a glória de sua carreira para trás.
Entrou na minha lista de livros que preciso ler no segundo semestre de 2012.
Se achegue, Terça-feira!
Gabi