Ela sabe que acabou. Afinal, foi a própria quem colocou um fim. Ou melhor, ela apenas 'oficializou' aquilo que ele deixou solto nas entrelinhas de uma conversa por telefone. Mas isso não a faz deixar de sentir saudade. Sabe o que ela queria? Ligar e falar tudo o que está preso. Dizer 'estou com saudade' e não ouvir um 'humm'. Falar que quer vê-lo e sentir uma reciprocidade do outro lado. Ela ainda o quer. De qualquer jeito. Com qualquer humor, com qualquer sorriso. Para que isso aconteça, é preciso que ele também ainda a queira. Ela está confusa. Não sabe o que fazer com essa falta. Ela queria encontrá-lo e perceber que nada mudou. Só que as conversas demonstram que ele já não está nem aí. Por que ele faz isso com ela? Por que mudou tanto? Como pode? Essa indiferença tende a matar qualquer desejo que ainda existe e persiste... Então é melhor disfarçar e fingir que está tudo bem e fazer de conta que nada mais lhe interessa. Mesmo sabendo que a pele ainda exala tesão. É guardar essa vontade de tê-lo mais uma vez e parar de relembrar as aventuras vividas nas salas, nos quartos, no carro e em qualquer outro lugar. Se ela quisesse o meu conselho, diria para ela ir em frente e falar para ele o que sente. Isso não é humilhante! É não esconder e dizer que o quer! Que o deseja! Que sente falta. Fala, sua boba! Nem que seja a última vez. Mesmo que você ouça um 'não quero mais'. Fala! Não guarda o que quer. Se se arrepender, será por ter feito e não por ter ficado calada. E não ter tomado uma atitude. Vai, menina. Seja mulher e revele suas vontades. É o conselho de quem queria ter essa coragem e não temer falar. Vai!
Parafraseando Tati Bernardi no título desse post (que por sinal já publiquei aqui e é um dos mais lidos do meu Blog). Alterei sua frase ao colocar o 'ainda'.
Gabi
