O dia amanhece e ela ouve o barulho baixinho do passar das horas.
Acorda atônita.
Olha para o lado.
Precisa saber que aquilo não foi um sonho.
E não foi. Era tudo real.
Ele estava ali ao seu lado.
Ela contemplou seu rosto e sorriu ao lembrar da beleza que aconteceu na noite anterior.
Os beijos, os apertos, a conversa...
Palavra por palavra.
Ela o ouvia com tanta atenção. Tamanha devoção!
Deitou-se novamente.
Ele a olhou e a puxou para mais perto.
- Dorme, ainda é cedo - Falara num tom baixo.
Ela queria parar as horas.
Queria que o mundo parasse de rodar naquele instante.
E a deixasse ficar mais tempo dentro daquele abraço...
Desligou o relógio.
Três de Abril.
Quarto mês do ano.
14ª semana.
E olha o tempo correndo em sua lentidão, ouvida no tic-tac do relógio!
Fiz um continho para lembrar que não está em nossas mãos o poder de parar o tempo.
Mas só nós podemos fazer com que cada segundo valha a pena e se eternize em nossas memórias.
Valorizando os momentos mais simples.
E desligando o relógio, ainda que metaforicamente.
Abril, sê bem-vindo!
Gabi
