Há umas duas semanas caiu nas redes sociais um vídeo postado no YouTube de um pedido de casamento. Em pouco tempo, estava sendo compartilhado por todos, na verdade a maioria por meninas, falando que queriam algo assim, que era muito romântico, algumas diziam-se emocionadas... Todas desejando um amor, ou até mesmo, uma situação como aquela. Pois bem, eu não tive paciência para ver o tal vídeo até o fim e fiquei cheia com esse mimimi. Depois estranhei minha atitude. Estaria eu perdendo a minha sensibilidade?
Perder a sensibilidade... Talvez não seja esse o termo mais adequado. Eu até achei bonitinho e tal, mas não gostei do fato de ter ido parar no YouTube. Assim, faço parte dessa geração que se exibe na internet. E não julgo. Seria hipocrisia da minha parte dizer que sou contra. Nem posso! Tenho Orkut (já não acesso à página, porém está lá), possuo conta no Twitter, Facebook, YouTube e exponho minha alma aqui no meu blog. Sou super a favor dessa comunicação virtual. Nesse coisa rápida, de resposta imediata. É bom, é divertido. Hoje, de todos esses meios, o blog é a minha prioridade. Aqui não tenho contato com ninguém. Não tenho resposta aos meus posts. E acho que é por esse motivo, que ele esteja em primeiro lugar no ranking das redes sociais. Mas isso foi uma escolha minha. Eu quis assim. Por vezes, escrevo como se alguém me lesse (como agora), em outras, escrevo apenas para que eu me leia. Ou seja, aqui e nas demais mídias, eu controlo até onde posso me expor. Está em nossas mãos (literalmente) o poder de escolher até onde vou chegar. Digo que, não concordo com a superexposição relacionada a esse pedido de casamento. Eu não gostaria de ver um momento tão íntimo e tão meu (e tão do casal) jogado na internet e depois vê-lo virar hit e modinha da galera. Certas coisas não precisam de filmagens, ficam gravadas na memória. Acho que de raiva, eu teria voltado atrás e recusado o pedido após vê-lo circular assim, como algo banal...
Exageros à parte, eu teria recusado e depois voltado para o cara, só para dar um susto, rsrs. Agora sério, o que quis colocar aqui é que as pessoas precisam entender o limite do uso da internet. Só isso. O amor é lindo? É, é muito lindo! E é brega também. É exagerado. Te faz cometer loucuras, eu sei. Ufa! Ainda estou sensível às declarações de juras de amor eterno. Mas nesses tempos em que uma Luiza fica famosa por estar no Canadá e em que cantar mal vira sinônimo de sucesso, exibir o 'amor' dessa forma é banalizar o sentimento mais bonito do universo. Faz o seguinte, ama! Ama e isso já é o suficiente.
Gabi
