Revirando meu quarto bagunçado, encontrei vários diários. Achei meu primeiro poeminha. Eu o escrevi pensando em um carinha que estudava comigo, Kléber. Éramos 7ª série. Lembro que sonhei com ele e corri para escrever. Fiz umas rimas (pobres), mas ficou bonitinho para uma menina de 13 anos. Depois 'emprestei' o poema para que minha prima usasse em seu trabalho escolar e ela ganhou uma medalha de ouro! O tal poema foi escolhido como o melhor da escola. Depois ela veio falar comigo, dizer que o mérito era meu, mas que ela queria a medalha, rsrs. Não fiz questão, lógico.
Olha ele aí embaixo:
Em uma noite apenas
Sonhei em te encontrar
Quando olho para o lado
Já estás a me olhar
Um olhar que não consigo definir
Mas sei que olhavas para mim
Era tão bom o sonho
Que nem pude acreditar
Quando vens falar comigo
Já estou a acordar...
Voltei a dormir
E o sonho não voltou
Mas de uma coisa tenho certeza
És meu verdadeiro amor
Fofo, né? E dramático! Meu verdadeiro amor? Aos 13 anos? Que bom que a gente cresce. Que bom! Ah, e quanto ao carinha... Ele preferiu ficar com a minha colega. Ela era linda, morena, alta... E eu, baixinha, branquela, magrela e desengonçada. Aí foi difícil concorrer. Engraçado que o reencontrei, após 14 anos. E ele soltou a pérola 'se você fosse assim antigamente, a gente teria ficado.' Eu respondi que 'se há 14 anos eu tivesse a cabeça que tenho hoje, eu JAMAIS ficaria com você.' Idiota!
Mas me rendeu uma medalha de ouro. :)
Gabi
