A sabedoria popular costuma dizer que o que não tem remédio, remediado está. É, acho que é assim. E se não for, é parecido. O que quero dizer é que cresci numa oração constante pela mudança de um hábito de alguém que muito amo. Eu acreditava piamente que um dia, ele teria consciência do mal que estava fazendo a ele, a mim e a minha família. Porém, isso não aconteceu. Quando fiquei doente, aos 16 anos, juro que agradeci a Deus pelo meu problema. Pois ali eu tive a certeza que o que estava acontecendo, era para que ele mudasse... Ledo engano. Minha última esperança foi quando Mimin nasceu. Achei que o nascimento de uma neta pudesse mudar uma pessoa. Mas também não houve impacto. Ok. Aos 26 anos, chego à conclusão de que será sempre assim. E não sou eu, nem os meus pedidos em oração que vão fazer isso acabar. Hoje só peço a Deus que cuide dele. Eu tento entender os motivos pelos quais alguém age dessa forma. E até vejo algumas razões. Mas eu sonhei tanto em vê-lo ter força de vontade e virar o jogo! Admito que de vez em quando me pego acreditando nisso... Mas logo volto a ser realista e vejo que isso não vai acontecer. Não quero me prender a essa esperança. Acho que sofro mais. Hoje, Domingo de Páscoa, vejo tudo se repetir. Mas não vou reclamar. O amor que sinto por ele é maior do que qualquer sofrimento causado nesses momentos inoportunos. Só agradeço ao Senhor por mais um dia... O resto, a gente vai levando. À nossa maneira.
Gabi
